Leia a 2ª parte da série de aprendizados sobre Growth Hacking no Vale do Silício, com lições sobre networking, product marketing e 3 grandes tendências! | ||
Esta é a parte 2 da sequência de posts sobre os Aprendizados de Growth Hacking no Vale do Silício. | ||
Se você ainda não leu o primeiro relato sobre as experiências que vivemos em San Francisco, leia antes ou depois desse post: Clique aqui para acessar a parte 1. | ||
Para continuar falando dos aprendizados que tivemos durante 10 dias no Vale, vou falar de 3 tópicos principais: a palestra do Rand Fishkin sobre Product Marketing, lições sobre Networking em eventos e por fim as 3 grandes tendências e aprendizados. | ||
Palestra: Rand Fishkin – Moz | ||
Uma das pessoais mais legais (e eloquentes) do evento Growth Marketing Conference foi o Rand Fishkin, fundador da Moz. A palestra dele foi bem direta e com muitos conceitos interessantes. | ||
Ele começou a palestra apontando os principais motivos para startups não darem certo, e que podem ser resumidos em uma frase: falta de conhecimento de mercado. | ||
A partir disso, citou com detalhes 5 etapas para ajudar nesse processo para crescer a aquisição e uso do produto: | ||
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Entretanto, duas coisas simples chamaram atenção e acho que vale o destaque: | ||
1. | ||
Normalmente usamos o Planejador de palavras-chave do Adwords para ver os termos que estão sendo buscados e outros termos parecidos e relacionados. | ||
O que pouca gente sabe, é que o Adwords acaba omitindo algumas buscas que ele considera não-comerciais. Isso pode interferir muito na descoberta dos seus clientes ideais e o que eles estão buscando. Por isso, ele sugere também usar as sugestões e buscas relacionadas no Google. | ||
2. | ||
Canais orgânicos, assim como produtos, precisam de tempo para iterações, experimentos e melhorias. Esse é um conceito já conhecido, mas o que achei interessante foi que ele citou o próprio Whiteboard Friday da Moz. | ||
No início era muito simples (e feio), mas a medida que acharam a fórmula, os resultados aumentaram muito. | ||
Networking em eventos | ||
Com essa experiência tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas interessantes e também aprender algumas coisas sobre networking – como aproveitar um evento para conhecer pessoas interessantes. | ||
É claro que o próprio ambiente já facilitava muito isso. A cultura de negócios americana é diferente, e as pessoas são muito abertas, acessíveis e se ajudam muito. Isso com certeza é um dos motivos da região de San Francisco se desenvolver tanto. | ||
Além disso, o próprio evento também tinha estrutura que ajudava a conhecer mais pessoas: uma plataforma do evento onde era possível ver todos os participantes e já conversar com eles antes mesmo do evento. | ||
Eu não sou especialista em networking em eventos, mas tenho algumas dicas para dar que vieram de alguns acertos e erros meus durante o evento: | ||
Comece a interação com os participantes antes do evento | ||
Ao abordar as pessoas antes do dia do evento, você só vai precisar encontrá-las e continuar as conversas. Além de ter melhores conversas, você ainda diminui o efeito da “vergonha” de abordar pessoas desconhecidas em eventos. | ||
Começar essa interação é bem mais fácil caso haja uma plataforma já preparada para facilitar essas conversas. Mas mesmo que isso não exista, ainda é possível: procure por grupos de Facebook/Linkedin/Whatsapp com os participantes. Se não existir nenhum, crie um e entre em contato com os organizadores do evento. Com certeza eles terão todo o interesse. | ||
Crie um apresentação pessoal padrão | ||
Isso é algo bem simples mas que me ajudou muito. Ao invés de pensar como se apresentar toda hora, já tenha um discurso padrão de quem é você, o que sua empresa faz e o seu maior interesse no evento. | ||
Ao pensar com calma nessa apresentação, além de te economizar tempo, você consegue destacar pontos mais importantes e se vender melhor. | ||
Seja cara de pau e não tenha vergonha | ||
Esta parte é a mais difícil para a maioria das pessoas, inclusive para mim. Mas para conhecer outras pessoas e aproveitar esta parte nos eventos é necessário se esforçar. Algumas coisas que podem ajudar a vencer a vergonha: | ||
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Faça follow-up dos contatos iniciados no evento | ||
Dificilmente você vai conseguir construir um mega relacionamento durante o evento. O objetivo principal é abrir as portas para conversas melhores e mais profundas. | ||
Portanto, para gerar valor de verdade, vem a parte mais difícil: continuar as conversas. Esta parte exige disciplina e tempo, mas definitivamente vale a pena. Se você acabou conversando com muitas pessoas, identifique aquelas que você considera que tem mais sinergia com você e priorize. | ||
3 grandes aprendizados e tendências | ||
Ao longo dos 10 dias que passamos nos EUA, tivemos muitos aprendizados. Mas fiz o exercício de escolher os 3 maiores/mais relevantes. | ||
1. Growth Hacking deve ir muito além de marketing | ||
Esse assunto surgiu muitas vezes e das mais diferentes formas no evento. O principal objetivo dos Growth Hackers é encontrar as maiores alavancas de crescimento. E muitas vezes estas alavancas não estão na aquisição de novos usuários/clientes com Marketing Digital, mas sim na melhoria de produto para aumentar engajamento e retenção, ou no atendimento para redução da taxa de churn. | ||
Portanto, o mais importante não é focar em encontrar o crescimento no marketing, mas sim ter uma metodologia sólida de acompanhamento dos experimentos e disciplina para executá-los bem, independente de onde as alavancas estejam: produto, atendimento, parcerias, marketing, etc. | ||
2. Dedicação muito grande na retenção de clientes | ||
Essa dica é especialmente importante para as empresas que tem cobrança recorrente. Isso porque a taxa de cancelamento determina se o seu negócio é saudável financeiramente e promissor. | ||
Para empresas de software, especificamente, foi muito falado do “ponto de retenção”. A ideia é que existe um certo momento na vida do usuário que a chance de ele cancelar o produto se torna bem menor. Esse ponto costuma ser um conjunto de ações – usar uma funcionalidade específica ou usar essa funcionalidade um mínimo de vezes. | ||
As empresas devem tentar encontrar esse momento e investir muito em fazer com que os usuários/clientes cheguem nesse ponto. Reter clientes pode acabar sendo o maior potencial de crescimento da empresa, uma vez que clientes felizes recomendam o produto e ainda fazem upgrades e acabam pagando mais. | ||
3. Não subestimar nenhum canal de aquisição | ||
Uma pergunta que eu fazia em praticamente todas as minhas conversas era: “qual o seu principal canal de aquisição?”. E me surpreendi muito com as respostas que eu ouvi. Os canais utilizados eram muito variados e traziam muito resultado. Empresas que faturavam dezenas de milhões de dólares por ano e que investiam muito pouco em SEO e compra de mídia por exemplo. | ||
Uma empresa que eu conversei acabava tendo uma concorrência por palavras-chave muito grande. Alguns players grandes do mercado dificultavam muito a entrada deles por este canal. O que eles fizeram: desenvolveram uma inteligência para criar segmentações bem precisas dos Leads e faziam “Cold Email”. E este era o principal canal de aquisição desta empresa que já faturava milhões. | ||
Então o aprendizado que tive foi de não subestimar os canais. Não é porque ele não é um canal da “moda” como compra de mídia que não funciona. E muitas vezes é necessário encontrar o “pulo do gato” para o canal funcionar, como fez esta empresa cujo principal canal era Cold Email. | ||
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Artigo publicado originalmente em: https://resultadosdigitais.com.br/blog/os-aprendizados-de-growth-hacking-no-vale-do-silicio-parte-2/ |