QUEM VIVEU NUNCA ESQUECE: THE NUMBER OF THE BEAST – IRON MAIDEN
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QUEM VIVEU NUNCA ESQUECE: THE NUMBER OF THE BEAST – IRON MAIDEN

“Ai de vós, oh, terra e mar

Gabriel Schumaker
5 min
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Ai de vós, oh, terra e mar

Pois o Diabo envia a besta com ira

Porque ele sabe que o tempo é curto

Aquele que tem entendimento

Calcule o número da besta

Pois é o número humano

Seu número é seiscentos e sessenta e seis

The Number of The Beast

Após chocar o mundo com o álbum de estréia, Iron Maiden (1980) e ter o excelente segundo álbum, Killers (1981), a banda se preparava com mudanças para o seu terceiro álbum, a primeira delas foi à mudança de vocalista de Paul Dianno, membro da banda desde 1978, foi substituído por ninguém menos que Bruce Dickinson, no ano de 1982, vocalista que tinha um trabalho conhecido com a banda Samson.

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Lançado em 22 de Março de 1982, The Number of the Beast, o 3° álbum do Iron Maiden, produzido por Martin Birtch, contava com 8 músicas além da famosa e lendária capa, desenhada por Derek Riggs, a Donzela de ferro chocava o mundo do Heavy Metal e da música. Um álbum icônico, lendário, com composições históricas como: Hallowed By the Name e seus 7:10 min. de pura maestria, Run to the hills a “tempestade perfeita” a segunda música gravada em estúdio pela banda para o álbum, 22 Acacia Avenue composição antiga de Adrian Smith que junto a Steve Harris se transformou em clássico e The Number of The Beast o hino perfeito que desde a lendária introdução, os riffs, os versos e o seu refrão mudaram para sempre o Iron Maiden e o Heavy Metal, apenas para citar alguns de um álbum atemporal.

The Beast on The Road

O terceiro álbum de uma banda geralmente é considerado um divisor de águas e o Iron Maiden tinha a difícil missão de dar um grande passo a frente após os 2 excelentes álbuns anteriores. Sob o comando de Steve Harris, fundador da banda e com a adição de Bruce Dickinson, o Maiden encarou o desafio e sabia que com a cartada correta o mundo estaria em suas mãos e assim se fez. Grande parte do sucesso do álbum passa pelas mãos do produtor Martin Birtch, que foi um espelho, refletindo a banda da melhor maneira, fazendo com que o som deles viesse à tona. O trabalho de guitarra brilhante de Dave Murray e Adrian Smith, com um entrosamento sem igual no Heavy Metal, criou solos e melodias perfeitas, além da competente bateria de Clive Burr que mostrou extremo bom gosto ao desfilar as suas linhas de bateria no álbum.

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O ato de ensaiar e criar novas composições, sempre foi importantíssimo, sacrossanto para a banda e o chefe Steve Harris estava mais que inspirado, criando hinos como Children of the Dammed, Run to the Hills, The number of the Beast e Hallowed By the Name além de uma banda disposta a entregar o melhor deles até o momento com músicas como The Prisoner, Invaders 22 Acacia Avenue, enfim tínhamos um clássico atemporal em mãos. Um álbum surpreendente que colocou os holofotes sobre a Donzela de Ferro e foi o inicio de uma era sagrada para a banda, como também para o Heavy Metal. The Number of the Beast deve ser ouvido constantemente, relembrado e cultuado pelas gerações, pois o número da besta não somente recebeu um hino, mas também marcou a ferro e fogo a maior banda de Heavy Metal de todos os tempos.

Curiosidades

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  • The Number of the Beast foi lançado no dia 22 de Março de 1982, tendo vendido mais de 14 milhões de cópias em todo o mundo.
  • The Number of the Beast teve 2 Singles lançados, o primeiro foi Run to the Hills, lançado em 12 de Fevereiro de 1982, contando as faixas: Run to the Hills e Total Eclipse. O segundo foi The Number of the Beast, lançado em 26 de Abril de 1982, contendo as faixas: The Number of the Beast e Remember Tomorrow (Live).
  • O trecho narrado no inicio de The Number of the Beast é uma junção de partes de textos bíblicos do livro de Apocalipse (Revelação) Cap. 12: Vers.12 e Cap. 13: Vers. 18.
  • The Number of the Beast foi inspirada e escrita após um pesadelo do líder Steve Harris ao assistir o filme: A Profecia II (Damien: Omen II) e ler o poema “Tam o’ Shanter” escrito pelo escocês Robert Burns em 1790.
  • Durante a gravação, no inverno, um Micro-ônibus repleto de freiras bateu no Range Rover do produtor Martin Birch e curiosamente o preço do conserto ficou em 666,66$ libras, valor que o produtor se recusou a pagar o que resultou na quantia paga de 668$ libras.
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  • Durante a gravação da música The Number of the Beast, um som de grunhidos e gemidos “malignos” foram ouvidos na gravação, ao checarem o microfone do intercomunicador verificaram que o resultado era o próprio Steve Harris que ficava em pé ao lado do equipamento de Baixo enquanto gravava usando fones de ouvido, não se dando conta do quão vigoroso e rítmico era o seu canto. Retirando assim qualquer história sobre maldições ou assombrações sobre o ocorrido.
  • A narração do inicio de The Number of the Beast foi gravada por um narrador da famosa Capital Radio, indicação feita por Bruce Dickinson, que costumava ouvir histórias de Fantasmas a meia-noite da Radio londrina. A idéia inicial era ter Vincent Price, ator norte-americano, mas quando Rod Swallwood entrou em contato com o seu agente que disse: “Sinto informar que o Sr. Price não sai da cama por menos de 10mil dólares.” Acarretando na mudança.
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  • A narração no inicio da música The Prisoner, é um trecho da série The Prisoner de 1967, narrada por Patrick McGoohan, que interpretava o personagem Number Six, além de ser criador e dono dos direitos da série.
  • The Number of the Beast alcançou o 1° lugar nas paradas do Reino Unido durante o seu lançamento e recebendo o Disco de Platina tripla no Canadá e Disco de Platina nos EUA.
  • Bruce Dickinson ficou o dia e a noite inteira até conseguir chegar ao resultado final das primeiras estrofes da música The Number of the Beast. O produtor Martin Birch disse: “Você tem que resumir a sua vida inteira nesse primeiro verso. Ainda não estou ouvindo isso. Sua vida inteira está neste verso. Sua identidade como vocalista”.