Presa por bater panela contra o Bolsonaro

Protestar contra o Bolsonaro pode te levar à prisão! Casos se multiplicam. 

Que tal prisão por bater panela em protesto contra Jair Bolsonaro?

Ou ser um cozinheiro detido por reclamar numa rede social que teria que cozinhar para aquele "diabo", se referindo ao presidente?

Imagina passar mais de 100 dias preso após fincar em frente ao Palácio do Planalto uma faixa chamando Bolsonaro de "genocida"?

Aqueles que gritavam "vai para Vanezuela" deveriam se dar conta que a Venezuela é aqui.

O grau de intimidação entre poderes, censura, perseguição a servidores antifascistas, uso da Lei de Segurança Nacional contra jornalista e agora prisão de manifestantes deixam expostos o quanto nossa democracia retrocedeu nas mãos de um presidente visto pelos brasileiros como desonesto, incompetente, falso, pouco inteligente e autoritário, segundo o DataFolha.

Segue abaixo mais um momento que não deixa dúvidas de um Brasil autoritário que avança contra direitos civis, traço básico de governos fascistas. Temos um presidente cínico o bastante para lutar pela liberdade de mentir nas redes sociais enquanto ataca a verdadeira liberdade de expressão. A imagem que ilustra essa matéria foi usada na faixa "Bolsonaro genocida" que levou Rodrigo Pilha a uma prisão de mais de 100 dias já.

Atualização de domingo: 

A mulher presa ontem, segundo testemunhas por bater panela, admitiu que se excedeu e por isso a polícia teria interferido. Ela explicou que ficou indignada com a provocação de manifestantes bolsonaristas e que acabou reagindo com palavrões e ameaça de agressão física.

Atualização 2 de domingo: 

Rodrigo Pilha iniciou hoje uma greve de fome. Ele segue preso há mais de 100 dias após expor a faixa "Bolsonaro genocida"em frente ao Palácio do Planalto. Para mantê-lo na prisão, foi usado contra ele uma condenação antiga por desacato a autoridade e embriaguez ao volante. A Justiça já decidiu que desacato não deve ser punido com prisão. Mantê-lo preso há 100 dias é óbvia retaliação política. Ele acusa agentes penitenciários de terem o espancado por ser "petista".  E acredita que não o soltam para evitar que ele exponha o caso. A justiça também o impediu de dar entrevistas.