A final das finais!
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A final das finais!

Meio dia, horário de Brasília. O árbitro polonês, Szymon Marciniak, sinaliza para o centro do gramado. Rolava a bola para uma final gigantesca. França e Argentina em busca do tricampeonato mundial. 

Guilherme Bramos
3 min
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Créditos da imagem: Folha de SP
Créditos da imagem: Folha de SP

Meio dia, horário de Brasília. O árbitro polonês, Szymon Marciniak, sinaliza para o centro do gramado. Rolava a bola para uma final gigantesca. França e Argentina em busca do tricampeonato mundial. 

Mbappe e Messi, companheiros de PSG protagonistas do que viria a ser um domingo memorável.

A Argentina começa arrasadora. Devora a atual campeã sem dar qualquer chance. 

Aos 22 minutos, pênalti em cima de Di Maria. Messi vai para a bola e inaugura o marcador. Aos 36, após bela jogada coletiva, Di Maria amplia para os hermanos. 

O primeiro tempo termina com uma Argentina cheia de vontade e uma França morta. 

Na segunda etapa nada de novo. Já passavam dos 30 minutos e o jogo se mantinha controlado, o que ia nos levando para um final lógico. Até que nos lembramos que isso é futebol. E se ele puder rasgar o roteiro e nos mandar pra um novo caminho ele fará. E Fez. Aos 34, um pênalti de Otamendi convertido por Mbappe desperta a França. Mais dois minutos foram suficientes para Mbappe, novamente, deixar tudo igual.

Drama argentino. Antigos fantasmas.

O jogo se encerra e vai para a prorrogação. Àquela altura, os times já estavam bem modificados. As chances surgiam daqui e de lá, mas o placar fixava em um belo 2x2. Mas foi no segundo tempo da prorrogação, bem no comecinho, que Messi fazia o terceiro da Argentina. Ufa, agora terminou? Nada disso. Aos 12 minutos, mais um penalti para os franceses e bola na rede do camisa 10. O terceiro gol de Mbappe em uma final de copa do mundo, que só nessa edição somava 8 feitos.  Mais adiante, as duas equipes ainda perderiam gols decisivos.  Mas ficou por isso mesmo. 

No apito final da prorrogação meus olhos já estavam marejados. Épico.

Nos penaltis, quem levou a melhor foi a Argentina. Um 4x2 que tirava a seleção de uma fila de 36 anos sem copa. O título que faltava para Lionel Messi. O passaporte para a primeira prateleira do futebol. 

Em 2021 levou sua seleção ao título da Copa América no maracanã contra o Brasil. Era o seu primeiro troféu representando seu país. Uma tonelada saía dos pés dele. O caminho passou a ficar pavimentado. Ontem, dia 18 de dezembro ele toca o topo. Merecimento. 

E é assim que a copa do mundo 2022 se despede. Premiando a todos nós com um inesquecível futebol. Futebol esse que também é sobre grandes histórias.

E essa ninguém me contou.

Até 2026!