Sobre os hábitos

Escrever é um hábito. Ou, pelo menos, tinha que ser. Não só para quem trabalha com textos, mas para todos. Junto com a leitura, a escrita é comprovadamente benéfica para o cérebro.

Não só para o cérebro, mas também para sua apresentação como "ser profissional", afinal de contas, ler e escrever são hábitos que lhe garantem maior domínio sobre a língua e melhoram, inclusive, sua articulação oral.

Do lado profissional daria para continuar mais alguns parágrafos aqui, mas deixo isso para um post no LinkedIn.

É nítida a diferença entre uma pessoa que lê e escreve para uma que o máximo de leitura que consome é uma frase de efeito - muitas vezes escrita com erros crassos - num post em rede social.

Nosso mundo está cada dia mais dinâmico. Se as pessoas tinham preguiça de ler há alguns anos, agora é mais grave. A quantidade de informação que nos bombardeia diariamente por todos os meios possíveis, acaba deixando os textos com uma aparência de lombada temporal. Isso não só porque existem outros meios mais práticos e enxutos de se consumir o conteúdo, mas também devido a qualidade dos textos, principalmente os informativos: hoje todo mundo abre um site e publica qualquer coisa. Até grandes veículos jornalísticos são constantemente pegos no erro ou na militância. É muito conteúdo. É muita porcaria. Aquele que busca informação hoje tem que ser, não só um leitor, mas também um minerador.

Benditos aqueles que nunca leem jornais, pois eles verão a Natureza e, através dela, Deus

Mas para os criativos, para os poetas, para os romancistas, contistas e ensaístas, ah... não perceberam o paraíso? Inúmeras plataformas de publicação, posts e, até mesmo comercialização, permitem que todos - sim, todos - possam colocar sua ideia no papel - ou na tela.

Plataformas como essa (Pingback) permitem até que os escritores monetizem seu conteúdo enquanto os leitores avaliam a qualidade e credibilidade da escrita, destacando, ou não os autores.

É óbvio que isso gera muito lixo também, afinal, a popularização de algo traz a tona o bom, o mau e o feio, mas também lhe permite ler algo maravilhoso que nunca teria chegado até você em tempos passados, onde dependíamos de uma editora ou periódico para nos trazer os textos que eles selecionavam. Agora todos tem quase as mesmas chances de aparecer.

Mas o que mais importa para você, como ser pensante, é ler. Ler e escrever. Hábitos que transformam, expandem e enriquecem. Mas se não quer passar raiva, evite as notícias.