O Sequestro do Internacional

Um dos clubes mais importantes do Brasil, que figurou nas fases mais importantes de todos os torneios que disputou nos últimos anos, desde a sua volta à Série A do Brasileirão no ano de 2018 foi sequestrado.

O sequestro colorado está em fase de execução, a grande vítima que é a torcida está absolutamente atônita com o que está acontecendo com seu amado clube. 

Se engana quem pensa que esse monstro que tomou o clube pode ser derrotado de forma fácil, pois é um parasita que cresceu aos poucos dentro do clube e estruturou bem seus tentáculos até tomar o clube por completo e acabar com lideranças antigas que não compartilham da mesma agenda dos que tomaram este clube hoje, mesmo que em outro momento, tenham levado o Internacional a se tornar um dos clubes mais competitivos no cenário nacional e também continental, tudo isso não importa para esses revolucionários que tomaram o clube para eles. 

Para os jacobinos colorados, não faz sentido conservar que foi construído, nem na área política do clube, nem na formação do elenco, os “sequestradores” fizeram questão de acabar com as lideranças do elenco para  construir novas lideranças para que sejam criados novos tempos dentro do Beira Rio.  As negociações e trocas feitas pela direção do Internacional visando a criação de um elenco diferente do que havia no clube tornou o elenco menos qualificado, mais caro mensalmente e também trouxe jogadores sem identificação alguma com o clube, se formos comparar com os jogadores que foram “dispensados” e tiveram que deixar um clube que defenderam por tanto tempo pela porta dos fundos. 

Como em toda revolução, o povo teve que ser iludido, uma narrativa teve que ser criada, então a narrativa de um “elenco fracassado” foi criada, e a torcida caiu facilmente, apoiada nos mais de 10 anos sem conquistas relevantes por parte do clube, assim como em toda revolução, venderam ao povo uma solução fácil para um problema complexo. Houve uma ruptura com tudo que há, para a construção de um novo clube a imagem e semelhança dos jacobinos que tomaram o clube. 

Não há aqui uma defesa dos antigos que comandavam o clube, até porque nem sou simpatizante do clube, mas sou capaz de identificar uma violência quando vejo, e não há outra definição para o Internacional hoje que não seja a palavra “violentado”.

Vamos aos fatos, o internacional está mais distante da conquista de um título relevante agora do que estava há dois anos atrás, mas agora com jogadores com pouca identificação com clube. Por mais que o elenco vice-campeão brasileiro tivesse seus defeitos, muito mais prudente seria alguns ajustes pontuais do que uma ruptura com tudo que ali se havia construído.