Racismx?
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Racismx?

Hoje, dia 08 de Março de 2022, estava eu rolando a linha do tempo no linkedin.com. Vi uma publicação em que a empresa O Boticário comentava com um link que direcionava à página de vagas que a empresa oferece. 

Gustavo Peres
6 min
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Hoje, dia 08 de Março de 2022, estava eu rolando a linha do tempo no linkedin.com. Vi uma publicação em que a empresa O Boticário comentava com um link que direcionava à página de vagas que a empresa oferece. 

Uma das vagas, melhor dizendo, um dos tipos de vaga, era representado na imagem acima. "Banco de Talentos Negrxs". A empresa adota a chamada "linguagem neutra", linguagem criada com o pretexto de incluir pessoas de diferentes "gêneros".

Gênero. Substantivo masculino. 

1. conjunto de seres ou objetos que possuem a mesma origem ou que se acham ligados pela similitude de uma ou mais particularidades.

2. tipo, classe, espécie.

Na língua portuguesa os substantivos e adjetivos possuem gênero, para masculino, feminino e em alguns casos palavras neutras, e quando a palavra se refere a um grupo misto de pessoas, por pura formalidade, a regra diz que deve ser utilizado o gênero masculino. A "linguagem neutra" se fundamente na falsa ideia de que a língua portuguesa foi pensada de modo a excluir as mulheres.

Primeiro que a língua não tem dono e não obedece a interesses de grupos ou pessoas individuais; Segundo que a modificação da língua para atender a um grupo minúsculo de pessoas configura crime contra o patrimônio cultural que é a língua portuguesa, cujos efeitos excluem as pessoas, uma vez que uma reforma linguística demandaria toda a reformulação de materiais didáticos, aplicativos de leitura para cegos e no final das contas não mudaria positivamente em nada a vida das pessoas que se dizem sofrer por um suposto machismo implícito na língua portuguesa; Terceiro que medidas deste tipo só trariam benefícios aos inimigos e rivais das nações que enfrentam esse tipo de problema, que só causa impactos internos de natureza fútil, não impactando de maneira positiva ou funcional setores estratégicos da nação, que se veria em situação caótica e trabalhosa para obter um resultado inútil.

Na tentativa de mostrar uma imagem inclusiva, a empresa cria um tipo de vaga destinado a pessoas de uma determinada cor de pele, logo adota critérios que se fundamentam exclusivamente numa característica fenotípica. Soa familiar. 

Racismo. discriminação baseada no conceito de raça. 

O conceito de raça é errado ao se abordar a espécie humana, que não pode ser classificada em raças. A evolução deste pensamento antigo é o conceito de etnia, que inclui fatores não só biológicos e fenotípicos, como no caso do conceito de raça, mas fatores culturais, sociais e geográficos.

Leia o texto a seguir:

"Esse povo foi incitado a literalmente destruir aqueles que, segundo a sua ideologia, lhes deviam compensações históricas por injustiças cometidas no passado. Sob essa bandeira ideológica, acreditavam que sua raça era superior a qualquer outra, o que na prática resultou no racismo como ordem suprema social, excluindo aqueles que não fizessem parte da raça superior, a raça de seu povo. Sob este regime ideológico, dentro dessa sociedade só se podia prosperar, obter cargos, trabalhar, se expressar e literalmente viver, se o indivíduo fosse da raça superior. Caso contrário, seria tratado como sub-humano, escravizado e excluído, e toda atrocidade voltada a esses sub-humanos era justificada, afinal no passado, estes causaram as injustiças que resultaram na desgraça presente do povo da raça superior e a exclusão, assassinato e opressão agora são instrumentos de justiça."

Quanto ao texto supracitado, não é possível distinguir se dele se trata dos nazistas ou dos pretos contemporâneos. Pense nos judeus ou nos brancos que daria na mesma.

Ao apresentar um tipo de vaga destinado a pessoas "negrxs", o grupo Boticário demonstra:

1. Contribui para a destruição da língua portuguesa, que é parte essencial de toda cultura humana;

2. Demonstra apego a uma ideia antiquada e ultrapassada: o conceito de raça, uma vez que "negro" se refere a um fenótipo. Dentre as pessoas pretas, existem inúmeras etnias, nacionalidades e tribos diferentes. Colocá-las todas no balaio "negro" é negar, boicotar e desrespeitar sua diversidade étnica e cultural.

2.b. "Negro" é uma palavra sempre utilizada para atribuir o mal a algo ou alguém. Note bem: "Lado negro da força". "Ritual de magia negra". Enquanto que ao indicar a cor do seu carro: "Meu carro é preto". "Ele é um faixa preta de caratê".

Enquanto que às pessoas de origem europeia utiliza-se o termo "branco", às asiáticas "amarelo" e às indígenas "vermelho", aos africanos e descendentes utiliza-se "negro", o que já não faz sentido algum, exceto se contextualizarmos a situação. Para tornar a escravidão no século XIX algo mais palatável, mais aceitável a um povo majoritariamente cristão, foi utilizada em grande escala a desumanização das pessoas pretas, o que incluiu até mesmo a deturpação do próprio discurso cristão. O termo "negro" como substituição de "preto" é mais uma tática com fim maligno. 

3. Do mesmo jeito que artimanhas malignas como a substituição do uso de "preto" por "negro" foram utilizadas para impingir ideias de maneira a enganar o censo crítico e moral das pessoas, em larga escala a esquerda tem deturpado o significado de racismo. Racismo é discriminação com base em raça, como vimos. Porém, os estrategistas canhotos discursam em defesa de que "não existe racismo reverso", dando a entender que qualquer atitude que prejudique o preto é racista, ao passo que qualquer atitude que prejudique o branco e favoreça o preto é simples reparação histórica. Enganação total. 

4. Se imaginarmos um patrão que escolhe apenas candidatos brancos, ignorando quaisquer outros critérios de valor e descarta assim, candidatos pretos, logo sentimos cheiro de racismo. Mas o contrário já não aguça o senso moral de ninguém, tamanho o sucesso da narrativa espúria espalhada incansavelmente por ativistas, ONGs e militantes de esquerda.

Concluímos que: adotar critérios baseados na cor da pele das pessoas é uma atitude grotesca, pantagruélica, aberrante e acima de tudo racista. Infelizmente a disseminação maciça do discurso falso tem eliminado o censo crítico tanto de pretos quanto de brancos. Eu apostaria facilmente que nenhum preto americano da década de 60 aceitaria qualquer tipo de benefício com base nesses argumentos insólitos, racistas e falsários. Naquela época a luta era séria e real e o censo crítico dos cidadãos ainda se encontrava intacto, imaculado pela narrativa esquerdista racista de que o preto é um coitado.