Monólogo de um louco harmônico
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Monólogo de um louco harmônico

Photo by Mathew Schwartz on Unsplash

Gustavo Guedes Araújo
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Como suprir a necessidade que a raiva tenta expressar, quando a cólera que possui nossas corações, é tida como um medíocre ato de revolta pelo sistema que quer controlar até mesmo os sentimentos.

Nada mudou, e o receio de que nunca mudará é a mais lamuriante angustia da mente de um espírito que tenta se libertar.

Agonizantemente compartilho dores com almas que sofrem com a incapacidade de ser livre desse infindável caos do cotidiano.

É tudo tão mecânico, tão automático, tão entediante e tão desesperançoso. Tão aterrorizante…

Sem cor, sem valor. Tudo preto e branco. Verde virou cinza, mas temos tinta e precisamos colorir. Regresso nos empobrece, nós devemos progredir. Enquanto resistência cresce, prioridade maior é dividir. Por quê existe a fome? Liberdade é pouco, o que eu quero, não tem nome. Cito os poetas que me ajudam a libertar. Sou um sonhador, não peça pra eu me limitar. São tempos de fúteis ligações, então vou me conectar. Pra que a raiva se torne amor e me leve a algum lugar!

By Gustavo Guedes Araújo on May 28, 2021.