A importância da Limitação no Storytelling
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A importância da Limitação no Storytelling

Marcelo Andrighetti
2 min
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No meio de um workshop que eu ministrava no Dia Mundial da Criatividade, em 21 de abril, um participante ergueu a mão pra fazer uma pergunta:

— Se eu crio uma história tendo as convenções de Gênero como base, não estou deixando de ser criativo e copiando uma estrutura já existente?

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Essa pergunta é bastante comum, principalmente de alguém que recém está começando a escrever. Mas a resposta é simples:

— Não, porque quando mais seu universo criativo for limitado, mais você precisará de criatividade.

Precisamos nos dar conta de que escrevemos pra alguém. E as convenções de uma história servem pra acessar as emoções do público.

Estamos há 70 mil anos contando histórias. Ninguém vai inventar um novo gênero ou formato, porque isso não é uma regra sobre a construção da história, é um estudo sobre a recepção das narrativas a partir do sistema cognitivo das pessoas.

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Ou seja, o gênero (por exemplo) não limita nada, ele apenas direciona a percepção do público.

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Se eu lhe der uma folha em branco e propor: "escreva uma história", você pode perguntar:

  • sobre o que devo escrever?
  • qual o orçamento?
  • qual a ideia?
  • por que está me pedindo isso?

São questões que vão limitar e ajudar a criar.

Se eu lhe der uma folha em branco e a instrução for: "escreva uma comédia com a temática: animais de estimação", daí sim você saberá utilizar as ferramentas criativas.

Falei sobre isso no meu Instagram e um seguidor deixou um exemplo muito bom:

Se você tentar cozinhar usando TODOS os ingredientes que tem na cozinha, só vai sair sopa 😂

Faz sentido pra você?