Como o Storytelling pode atrair pessoas e vender mais?
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Como o Storytelling pode atrair pessoas e vender mais?
Marcelo Andrighetti
3 min
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Na parte mais gelada do mercado, onde ficam os refrigeradores, meu filho de sete anos apontou pra um Danoninho "estranho". Ao invés do vermelho tradicional, a embalagem era amarela, estampada por personagens da Pixar. Gostei.
Danoninho lança novos sabores
Juntos, deciframos os filmes. Monstros S.A., Os Incríveis, Procurando Nemo, Carros, Toy Story e um Jacaré que eu não sabia de qual animação era.
– Pai, isso não é de um filme. É o mascote do Danoninho.
Quer dizer que existe um personagem da própria marca? É a Lu do Magalu - só que do "iogurte-que-não-é-iogurte". Eu não sabia (espero que o fã clube Danoninho não me cancele).
Até aí tudo bem. O lance é que o Cícero me olhou e me fez uma pergunta muito boa:
– Sabe por que eles colocam esses personagens na embalagem?
Eu disse que não. Esperava uma resposta clichê. Algo como: "porque as crianças adoram". Foi quando ele me revelou o segredo da Pixar:
– Eles colocam isso na embalagem porque as crianças se conectam com os personagens das histórias e amam ver isso no Danoninho.
(Eu estava meio chocado. Ele continuou).
– Assim os pais acham engraçado, e nem pensam em dizer "não" quando os filhos pedem pra comprar. Todos adoram os filmes da Pixar, né, pai?
(Estou criando um marketeiro, será? Eu precisava levar a questão pra terapia?).
Minha filha, que recém completou quatro anos, me olhou:
– Tu pode comprar pra nós, pai?
Os dois saíram correndo pelo corredor das bebidas. Pela primeira vez eu não gritei a eles: "cuidado com as garrafas de vinho!".
Peguei uma cartela (como é o nome disso?) de Danoninho e fui em direção ao Caixa. Paguei por PIX.
No caminho pra casa, depois de conversarmos sobre o comportamento inadequado no mercado (pela centésima vez), eu contei ao Cícero que o comentário dele sobre a embalagem era bem profundo, que o papai fazia isso no trabalho dele.
Esclareci que eu não sou o cara que pensa na embalagem física (mesmo que muitas vezes tenha acontecido isso, principalmente com rótulos de vinho).
– Lembra que o papai te ensinou o que eram metáforas?
Eu crio a narrativa da marca, fazendo com que qualquer produto ou serviço vá muito além do básico sensorialmente falando. Tanto que minha maior consultoria em Branding Storytelling chama-se Vitrine Narrativa.
No próximo mês estou abrindo uma turma pra ensinar storytelling. São quatro encontros online e ao vivo (as aulas serão gravadas também!).
Serão momentos didáticos e também de mentoria, já que todos os exemplos serão construídos de acordo com os participantes.