Eleições
0
0

Eleições

O sistema eleitoral brasileito foi feito pra ser errado mesmo, por isso até hoje são usados os mesmos tipos de urnas  eletrônicas de primeira geração ainda, obscuras e inseguras aos eleitores mais simples e sem familiaridade com a tecnologia....

Aline Nizer Lederer
9 min
0
0

O sistema eleitoral brasileiro foi feito pra ser errado mesmo, por isso até hoje são usados os mesmos tipos de urnas  eletrônicas de primeira geração ainda, obscuras e inseguras e nada amigáveis aos eleitores mais simples e sem familiaridade com a tecnologia.

Há 25 anos ainda é a mesma tecnologia, mesmo já ultrapassada, as tais urnas realmente não são conectadas na internet, mas isso não significa que não estão conectadas a uma rede de computadores, pelo menos isso é o que se tenta passar como segurança ou induzir as pessoas ao erro e a pensarem que elas são seguras pois não tem acesso a internet, mas quem entende um pouco o que seja de sistemas computacionais sabe bem que o fato de não serem conectadas à internet não significa que não estão conectadas em rede por bluethooth, ftp, infra vermelho etc...e isso não garante que não possam ser invadidas por hackers e manipuladas à distância por redes de computadores.

O voto impresso também não significa a identificação do usuário, ou a volta das cédulas de papéis para as votações, os dados como o nome e o número do título de eleitor podem muito bem serem programados para dados a serem ocultados na cédula impressa. Sem que a cédula impressa para futura conferência tenha contato com o eleitor. E existem muitos outros sistemas de voto eletrônico mais seguros e transparentes, por quê não podem ser implantados aqui no Brasil?

O aprimoramento e atualização não realizados e sem a auditoria para posteridade, passam pelo crivo e compreensão do povo que se sente inseguro e incrédulo com as atuais urnas ou máquinas de votação. -Dá impressão que nos fazem de bobos e de propósito. Não é porque nunca houve fraude comprovada é que é seguro e transparente. Na minha percepção se nunca houve fraude, ou pelo menos tentativas de fraudes é bem estranho! Principalmente tentativas de invasão, em 25 anos nenhuma tentativa?

O normal é que se tenha alguma tentativa pelo menos. Se nunca teve não é normal, só essa informação já é um espanto, pois sugere o total descontrole do TSE, não detecta nem as tentativas de fraude ou de invasão às urnas, muita coincidência ou descaso, o normal é que se detecte e tão logo se coíba a fraude, antes mesmo de ocorrer. O banco Itaú detectava já há alguns anos, talvez em décadas passadas, pelo menos 120 tentativas de fraudes em suas ATM's e sites, diariamente, essas informações eu soube de forma informal  por um conhecido que trabalhava no suporte da rede das máquinas de sacar dinheiro e sua função era a verificação do funcionamento das chamadas ATMs, dos caixas eletrônicos, é estranho um sistema de 20 e poucos anos nunca ter tido nenhuma tentativa detectada sequer de fraude impedida e aí está a fragilidade do sistema  de votação, completamente inseguro, pois não detecta nem os possíveis problemas que ocorrem e podem ocorrer muitos erros no dia da votação, como já visto em eleições passadas, inclusive as mais recentes. Se nem as tentativas fraudes, consegue barrar, como podem dizer que é seguro?!

O que é  estranho é que as tais urnas eletrônicas parecem ter tornado os políticos e seus apoiadores seres etéreos e angelicais incapazes de cometerem fraudes, ativismos e militâncias e proselitismos políticos, estou sendo irônica de fato aqui por questionar a total falta de percepção lógica do funcionamento político brasileiro. E segundo os técnicos do Itaú essas tentativas de fraude são as que foram impedidas pelo próprio sistema de segurança da informação,  estão previstas, dentro das falhas de segurança já anteriormente observadas e tratadas por eles e todos os dias novas falhas e tentativas de fraudes e invasões eram detectadas e a função dele era a verificação in loco das máquinas de sacar dinheiro, para que funcionassem perfeitamente e todos os dias tinham os casos aos quais eles  não detectavam via sistema de segurança interno do banco e ainda sim tinham que devolver o dinheiro para os clientes, pois nunca foi totalmente seguro dentro da margem de erro e por isso até hoje investem muito dinheiro em segurança cibernética são milhões em atualizações e melhorias dos equipamentos e softwares, para evitar que as tais fraudes e falhas ocorram.  

É incrível o "negacionismo do TSE" em dizer que nunca houve fraude e ainda se gabar disso, um absurdo e sob ameaças até de prisão para quem ousa questionar ou mesmo queira apenas debater e aprimorar o atual sistema de votação, que poderia ser simplificado ao eleitor mais simples e sem conhecimentos computacionais, qual o problema em se debater o aprimoramento do sistema de votação brasileiro tão defasado com mais de 20 anos?

E lá se vão 25 anos, 4 tentativas de mudança em vão! Todas barradas na suprema corte, tornando o ativismo judicial uma das marcas do atual e inquestionável sistema eleitoral do Brasil! E por que? São questionamentos óbvios, porque não se implantar um sistema transparente ao eleitor! Todo mundo já jogou na loteria e sabe como funciona, o sigilo do ganhador, é garantido por lei, o bilhete fica registrado e sem a  identificação do jogador que de posse de seu comprovante vai lá e saca seu prêmio na rede bancária.  Quando um sistema é feito para o mal é isso que ele faz, favorece os corruptos e fraudadores e hackers mal intencionados com a ajuda da lei e aparato judicial legal, por quê não se pode questionar? Deixar na insegurança milhões de cidadãos que já perderam a esperança de ver políticos honestos e de boa índole governando nossas cidades e o país como um todo.

As ditas urnas eletrônicas são objetos de difícil compreensão aos cidadãos mais simples e sem afinidade com a tecnologia, não a toa que democracias sólidas a rejeitaram por razões óbvias, como Alemanha, França e Japão não implantaram essas urnas, que usamos  aqui no Brasil, por ser inseguro e sem transparência ao cidadão, sem a possibilidade de recontagem dos votos, escrutínio público e auditoria do voto. O povo brasileiro que não compreende se seu voto é válido mesmo, se foi ou não computado na urna eletrônica.

Todo mundo conhece também o caixa do mercado que registra os bens comprados e garante o sigilo das compras pois só interessa a quem comprou. O estado brasileiro age como fiel totalitário ao registrar as preferências políticas de seus cidadãos e não dizer o que faz com essas informações. Se isso não é um meio de dominação e manipulação não sei o que pode ser. E a carta magna de1988, diz que é preciso o escrutínio público e a auditoria, mas falar em auditoria sem a recontagem de votos como prevê a constituição federal e a centralização da apuração e divulgação dos resultados dos boletins de urna eletrônica,  faz de todo o sistema eleitoral em insegurança jurídica e cibernética e suscetível a invasões de hackers, pois vemos as falhas e problemas que ocorreram nas eleições passadas com super computadores e até falta de energia elétrica na hora da apuração e divulgação das totalizações  de votos.  Além de que apenas os mesmos políticos de sempre são eleitos e reeleitos a cada eleição e isso se perpetua de pai para filho e para os netos e assim por diante, nos mensalões e petrolões da vida. Sem constantes atualizações não é possível a melhoria do sistema eleitoral já tão devastado por financiamento público de campanha, fundos partidários e eleitorais além dos  políticos inabilitados judicialmente e  descondenados que fazem mil peripécias para voltar aos pleitos eleitorais mesmo estando inelegíveis e com uma ficha corrida extensa e por leis e atores  e condutores da lei sem aptidão e suspeitos de vícios processuais, que usam de subterfúgios para dar piparotes e piruetas jurídicas que agridem e desvirtuam o devido processo legal.  

A única carta que expressa e valida toda e qualquer democracia e o estado de direito fica abalada e constrangida pela falta do cumprimento penal, ou quando ainda se cumpre a lei é a depender do freguês. Se esse processo todo tivesse sido observado desde o começo, dentro dos preceitos judiciais legais que regem nossa justiça e democracia e a nossa carta magna, não estaríamos ainda discutindo urnas eletrônicas que nessa conjuntura é um mero dispositivo de respeito ao povo brasileiro e ao estado democrático de direito, era o mínimo que se esperava, tanto da direita que hora está no poder quanto da esquerda que já esteve durante 16 anos e não foi capaz de consolidar a democracia, a política, a segurança e a paz institucional e  jurídica no Brasil, com um sistema votação atualizado pelo menos sem sombras de dúvidas teríamos um presidente eleito sem contradições.

O que virá nessas eleições não sabemos e será difícil suportar um presidente fraco e sob a suspeita de fraude, os americanos vivem essa situação hoje, com Biden e não estão nada bem e muito menos satisfeitos com a atual conjuntura política e econômica. Veja que até o México e o Paraguai já usam urnas de terceira e sexta geração com a possibilidade de recontagem de voto e já se tem  até a sexta geração de urnas eletrônicas eleitorais para votação, com a chamada impressão do voto para recontagem em casos duvidosos.

As mesmas urnas que usamos aqui,  apenas são usadas por países como Butão e Bangladesh onde não se tem impressão e recontagem de votos, são países  pequenos e pobres e com populações pequenas e a democracia frágil sem expressão mundial e não precisam estar em evidência como o Brasil um país gigante rico e sem segurança e transparência jurídica e eleitoral, muito embora bilhões sejam gastos todos os anos com o TSE e sua hiper infraestrutura e tudo pago com dinheiro dos pagadores de impostos e eleitores, cidadãos brasileiros.