Feminismo!
0
0

Feminismo!

Feminismo, feminicídio, feminejo

Aline Nizer Lederer
8 min
0
0

Feminismo, feminicídio, feminejo

São palavras estranhas para mim, nunca tive conexão com elas! E mesmo após conhecer bem o seu significado se tornaram ainda mais incompreensíveis. Para quem acha que eu sou uma extraterrestre por não ser feminista ou não apoiar o movimento feminista, eu nunca mudei minha opinião, já o movimento feminista sim se reinventou completamente e em nada se aparece ao que foi algum dia a luta das mulheres que queimaram sutiãs e queriam uma vida melhor nas condições de trabalho e não sociedade.

A luta pela inclusão das mulheres na sociedade não é um fenômeno dos nossos tempos, remonta século 18 e muito antes disso já havia uma necessidade de que as mulheres pudessem tomar seu lugar na sociedade além dos papéis já reconhecidos mãe, avó, filha, esposa, irmã, tia, sobrinha, neta e por que não profissional e liderança de referência para a sociedade?

Não é menos importante ou menor o valor de uma mãe, uma esposa do que uma executiva dos negócios e as mulheres sempre tiveram seu papel na sociedade, essa discussão de homens podem mais e mulheres não, sempre foi a que mais prosperou, porque os homens são mais fortes, sim, fisicamente e sempre subjugaram os mais fracos pela força e imposição da sociedade patriarcal, lá nos primórdios e podemos dizer que isso ainda perdura até os dias de hoje, lá no oriente e aqui também, mas mulheres não são mais propriedade de seus pais e maridos.

Com a modernização da sociedade já em pleno século 20 e isso se deu no período das guerras, quando as mulheres na ausência dos homens tinham que tomar as decisões e manter tudo funcionando, fizeram a mulher sair para as ruas em busca de alimentos para si e seus filhos e foram muito úteis em todas as frentes de batalhas, vale frisar que isso já acontecia desde sempre e as mulheres tiveram seu protagonismo histórico na família e passaram a liderar postos de trabalho e funções que sempre foram dos homens e não há nenhum motivo para que não seja assim.

E com toda essa modernização muitos homens ainda não entenderam que intelectualmente as mulheres não são inferiores, apenas são diferentes biologicamente. A única coisa que me incomoda nessa relação é que a força dos homens as vezes produz violência e a violência contra a mulher ainda é muito grande no mundo todo e não somente no oriente, mas aqui mesmo no Brasil, ainda vemos muitas notícias agressões e assassinatos de mulheres e até a lei Maria da Penha e do feminicídio tem sido empregada para combater a violência contra mulher e doméstica. Curiosamente ainda sim a violência não diminuiu.

Em contraposição ao comportamento masculino agressivo e violento, ainda vemos muitas mães protegendo seus filhos homens em todos os sentidos e até nos trabalhos domésticos, as meninas lavam a louça e os meninos não precisam ter essa obrigação, será é que é caso de machismo das mães ou das mulheres? E não deveria ser assim, tanto meninos e meninas deveriam aprender de tudo, inclusive trabalhos domésticos dentro da família e não deveria haver distinção dentro de casa e da família.

Homens e mulheres sempre foram e serão complementares para formação de uma família e digo isso sem nenhum preconceito às novas formações familiares que surgem de um pai de uma mãe ou de dois pais e duas mães, não são naturalmente convencionais e aí é uma questão de se brigar com a ciência e a natureza e a lei, não com os homens e mulheres. Vejo que esta polêmica é mais ideológica do que usual de fato, pois abrangem mais conceitos que nos são impostos por umas ideologias progressistas e liberais, que querem mudar toda a concepção de mundo até então conhecida, a sociedade atual nos condiciona a igualdade através das leis e costumes firmados ao longo do tempo, a lei escrita ou mesmo a cultura, não está acima da natureza humana é condicionada por ela.

Antes de ser homem ou mulher precisamos saber que somos seres da espécie humana, mas diferentes fisicamente e, portanto, sempre seremos e pensaremos diferente não importa qual seja a função que possamos assumir, inclusive mulheres na liderança.

Parece doentio quando se tem que acabar com a família tradicional para que outras formações familiares surjam e as vezes até de forma autoritária, com regras e leis impostas sem nenhum respeito às leis naturais e científicas acabam produzindo frutos nada doces ou agradáveis. As mulheres não precisam ser rudes e parecerem homens e os homens não têm que ser frágeis, pois a natureza se impõe.

Na minha geração já não vivemos a situação em que as mulheres ficavam em casa cuidando dos filhos e o marido provedor saía para trabalhar, mas foi o que vimos na casa dos nossos pais, a minha família por exemplo sempre foi e é bem tradicional até hoje e entendo que tudo aos poucos se transforma e muda e muitas vezes é para melhor, mas não é de imediato que as coisas muda.

Eu já nasci numa época em que as mulheres eram instadas a estudar e trabalhar e atuar nas grandes corporações e sei que nada acontece por acaso, isso tudo tem uma finalidade as mulheres são independentes por natureza, porque isso é natural ao ser humano. Não me sinto inferior a nenhum homem, mas respeito cada um assim como quero ser respeitada por eles e por outras mulheres também.

Essa troca pode ser bastante proveitosa para todos quando cada um conhece seus limites e não esbarra nas arestas alheias, nunca fui adepta a movimentos, mas chamou-me a atenção  o movimento contra o aborto, por atentar contra a vida de um indefeso apenas e não creio que uma mulher possa se vangloriar de uma vida próspera e feliz, tendo praticado um ato contra a vida dela própria e seu filho e aí me decepcionei com o movimento feminista, apenas quer provar para o mundo que pode ser melhor ou iguais aos homens.

Não era essa a essência do movimento feminista, que nos primórdios buscava inserir a mulher na sociedade com direitos individuais de votar de ir e vir, trabalhar, estudar e viver conforme suas regras e não as impostas pela família ou um casamento arranjado por negócios e conveniência financeira, pois essa não é nossa realidade hoje e alcançamos um bom caminho, mas a luta é perene e a cada dia surgem novas formas de nos colocar abaixo e inferiores, não somente aos homens, agora até um gênero neutro existe para diminuir as mulheres, colocam homens para competir com mulheres, não sou contra a quem se diz mulher trans, tem todo direito de assim se autodeterminar, mas convenhamos que a força física é de um homem ou continua sendo do homem que um dia foi.

Não acho que as mulheres ganhem menos, isso é dito como propaganda apelativa, para arrebanhar mais mulheres ao movimento feminista, isso vem lá dos primórdios e ainda é a força física do homem, sempre fará a diferença e vem mudando aos poucos mais pela atuação das mulheres no trabalho e postos chaves e de liderança, do que pelo movimento feminista propriamente dito e que diz lutar pelos direitos das mulheres.

As mulheres podem sim ser líderes e dominar todas as profissões sem destruir o homem e vice-versa ambos precisam um do outro para tudo. Vejam a rainha Elizabeth da Inglaterra ninguém questiona seu poder, mas todos colaboram para que ela faça e tenha um bom reinado é um exemplo atual e notório, mesmo que ela tenha alçado ao poder por intermédio de seu pai que morreu e seu tio que abdicou, ao poder é um exemplo pedagógico, ela não precisou se masculinizar para exercer sua liderança e autoridade, foi naturalmente sendo construída.

O movimento feminista hoje está tão atrasado e retrógrado que ninguém mais acredita nas suas reinvindicações, já extrapolou toda a noção e não representa mais as mulheres de verdade que sempre serão mães, avós, irmãs, filhas, primas, tias, amigas, profissionais, colegas de trabalho e que poderão exercer toda sua liberdade e sensibilidade dentro da sociedade em qualquer papel que se proponham a exercer dentro do respeito as relações humanas.

Será que nos querem fazer de robôs e que esqueçamos que somos humanos, ou talvez nos impor uma nova escravidão sem precedentes?

Eu não sei, só acho que penso e logo acho que não sei.

A Marília Mendonça era uma mulher de fibra que lutava por seus direitos e nunca a vi envolvida em movimentos de minorias para fazer sucesso, a grande maioria das grandes mulheres que são autênticas e conseguem se sobressair e superar  dificuldades, teve um sucesso estrondoso por ser competente e produzir músicas que agradavam ao público no geral, não posso concordar com essa usurpação de causas feita pelo movimento feminista e que descaracterizou totalmente do foco central do movimento que é a independência a liberdade e o papel da mulher na vida contemporânea.