O Bolsonarismo e o Trumpismo relativizam e fazem apologia à regimes totalitários e isso é gravíssimo e merece ser investigado
0
0

O Bolsonarismo e o Trumpismo relativizam e fazem apologia à regimes totalitários e isso é gravíssimo e merece ser investigado

Antes de começar esse texto, eu deixo muito claro que não estou fazendo apologia ao fascismo e ao nazismo, que repudio veementemente ideologias nefastas como o nazismo e o fascismo desde quando eu nasci e que repudio veementemente as ameaças ...

Marcos Santos
4 min
0
0
Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA<br>
Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA

Antes de começar esse texto, eu deixo muito claro que não estou fazendo apologia ao fascismo e ao nazismo, que repudio veementemente ideologias nefastas como o nazismo e o fascismo desde quando eu nasci e que repudio veementemente as ameaças de morte sofridas pelo jornalista do Brasil 247, Joaquim de Carvalho. As ameaças de morte contra Joaquim merecem ser investigadas com rigor, e ele precisa de escolta para continuar desempenhando seu trabalho jornalístico.

Depois disto, vamos ao que realmente interessa: A capacidade do Bolsonarismo relativizar regimes totalitários como o nazismo e o fascismo é assustadora e preocupante. Os Bolsonaristas dizem ser contra o nazismo e o fascismo, mas no entanto, relativizam esses regimes totalitários, seja no mundo virtual ou no mundo real. As cenas de barbárie, de racismo e de selvageria provocadas por um grupo negacionista, antivacina e bolsonarista que carregava consigo símbolos do nazismo na Câmara Municipal de Porto Alegre, na última quarta-feira (20/10), mostram que os Bolsonaristas agem como os Trumpistas que invadiram o Capitólio dos Estados Unidos no dia 6 de janeiro de 2021 e que lamentavelmente, ambos relativizam e fazem apologia à esses regimes totalitários. Bolsonaro quer ser um ditador da República, e isso, ele nunca escondeu. Quando chegou à presidência da República, ele aparelhou as instituições ao seu favor, colocando seus asseclas em cargos que deveriam ser técnicos e que deveriam ser de funcionários públicos.

O Bolsonarismo e o Trumpismo dizem ser "pacíficos", mas na realidade, agem com violência e truculência contra críticos de seus políticos de estimação, Jair Bolsonaro e Donald Trump, seja no mundo virtual ou no mundo real. No dia 17 de janeiro de 2020, mais de um mês antes do Coronavírus chegar ao Brasil e menos dois meses antes da Organização Mundial da Saúde declarar a crise do Coronavírus como uma pandemia, ex-secretário de Cultura do governo de Jair Bolsonaro, Roberto Alvim, fez uma declaração estapafúrdia e esdrúxula citando trechos de uma frase de Joseph Goebbels, ministro da propaganda do ditador da Alemanha Nazista, Adolf Hitler, e acabou sendo demitido do cargo. Me lembro de ter visto naquele dia, o Twitter repercutindo o assunto, e não tive como olhar para o vídeo em que Alvim cita Goebbels sem sentir nojo, horror e repulsa. Trump e Bolsonaro tem em comum o hábito nefasto de desacreditar o sistema eleitoral. Trump acabou pagando um alto preço por desconfiar do sistema eleitoral, resultando nas principais redes sociais banirem o ex-presidente (que vamos ser francos, queria ser um ditador) dos EUA após os acontecimentos de 6 de janeiro de 2021.

Recentemente, Joaquim de Carvalho, jornalista do Brasil 247, com passagens por veículos como Cruzeiro do Sul, Diário de Sorocaba, Diário do Centro do Mundo, O Estado de S. Paulo, O Globo, TV Bandeirantes, TV Globo e TV Record, recebeu gravíssimas ameaças de morte dos Bolsonaristas. O motivo das ameaças gravíssimas de morte contra o jornalista que por sinal, merecem todo o repúdio: Ele está produzindo um documentário que visa desconstruir a facada que Jair Bolsonaro sofreu em 6 de setembro de 2018, na cidade de Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais. Joaquim de Carvalho precisa ser protegido fisicamente para continuar a fazer o documentário, que recebe colaboração financeira dos membros da Comunidade 247, antes que algo muito sério aconteça com ele ou com algum ente querido.

Bolsonaro deve ser derrotado nas eleições de 2022 ou antes disto, sofrer o impeachment. Trump quer voltar à Casa Branca em 2024 e não podemos deixar que ele retorne para fazer mais quatro anos caóticos e perigosos à frente da maior nação do mundo. Não se pode e não se deve normalizar cenas de selvageria, de barbárie, de apologia à ideologias nefastas e de racismo, como as que foram, infelizmente, vistas na Câmara Municipal de Porto Alegre. Não se pode e não se deve normalizar tamanho barbarismo vindo de Bolsonaristas e de Trumpistas. Não se pode e não se deve aceitar que populistas como Bolsonaro e Trump consigam almejar os seus sonhos de se tornarem ditadores de duas das mais importantes nações do Mundo.