Essa semana estamos iniciando essa nova série chamada Diário de um Investidor. Ela é insipidara em um quadro antigo do nosso instagram, no qual eu abria mensalmente o desempenho da minha careteira em percentuais e falava sobre quais seriam mi...
Essa semana estamos iniciando essa nova série chamada Diário de um Investidor. Ela é insipidara em um quadro antigo do nosso instagram, no qual eu abria mensalmente o desempenho da minha careteira em percentuais e falava sobre quais seriam minhas perspectivas de alocação ao longo do mês. Semana que vem voltamos com a programação normal do nosso curso completo de educação financeira. | ||
Caro Leitor, | ||
O mês de janeiro foi pautado por grande volatilidade nos mercados, com uma alta muito expressiva do ibovespa na primeira semana do ano seguida de uma forte queda levando o nosso principal índice acionário ao campo negativo no ano. | ||
Muitos acontecimentos pautaram o noticiário econômico no Brasil e no mundo nesse mês, como: a tomada do Capitólio por protestantes pró-Trump, a posse de Joe Biden com a promessa de aumento de auxílios de renda na casa dos trilhões e dólares, o início da vacinação no Brasil e no mundo, conflitos políticos internos em torno das eleições de presidente da Câmara e do Senado e o aceno político em prol da prorrogação dos auxílios de renda. | ||
Minha carteira atravessou bem esses cenários conturbados, provando mais uma vez que a correta alocação de ativos em classes diferentes de ativos ainda é a melhor arma do investidor pessoa física, tendo tido um retorno mensal de 0,87%. | ||
Segue abaixo uma foto de como está minha alocação atual e a minha alocação alvo (onde eu gostaria de chegar): | ||
Algumas explicações: | ||
Em praticamente todas as classes de ativos eu tenho ativos com exposição global, por ex: na carteira imobiliária eu tenho FIIs e Reits, na carteira de ações tenho FIAs internacionais e BDRs. Portando a linha Global deve ser encarada como um indicador e não uma classe de ativo, na qual eu meço qual o tamanho da minha exposição a ativos internacionais em relação ao todo somado de todas as classes de investimento. | ||
A parcela destinada a produtos de previdência é encarada como se fosse uma segunda carteira, que pela minha alocação alvo deve ser de 10% do tamanho da carteira de investimentos principal. Logo, ao somar as alocações alvos das classes de ativo da carteira principal com a da carteira de previdência não teremos 100%, mas sim 110%. Aqui eu não me preocupo com a alocação entre classes de ativos, uma vez que eu invisto via FoFs que são pagos para fazerem essa alocação. | ||
Segue abaixo o despenho de cada classe de ativos na carteira em janeiro: | ||
Podemos ver que o grande destaque foram as criptomoedas com um retorno mensal na casa de 29%, acompanhando o recente rally do bitcoin. O pior despenho ficou por conta da carteira de ações, único book com resultado negativo. Porém, ao olharmos o despenho mensal do ibov (-3,32%), vemos que nossa carteira outperformou em muito o seu benchmarck principal graças aos ativos internacionais dela. | ||
Destaque também para o despenho do book de renda fixa, provando que mesmo com os juros na mínimas históricas, ainda é possível fazer dinheiro e gerar alpha com essa classe de ativo. | ||
Como vocês podem perceber no quadro de alocação x alocação alvo, o principal problema da minha carteira é a necessidade de aumento em exposição internacional e o aumento de exposição em ações e commodities. | ||
Ao longo do mês de janeiro eu abri uma posição cheia na minha carteira de ações em uma importante empresa de mineração brasileira, aumentei minha posição em uma empresa no setor de telefonia, e abri posição em um BDR em uma empresa chinesa de varejo aproveitando sua recente queda no mercado por conta de questões políticas e não operacionais da empresa. | ||
Além disso, participei de um follow-on de um importante fundo imobiliário de logística, que estava saindo a um bom valor de desconto do preço de tela. Participei com a integralidade do meu direito de preferência e de subscrição de sobras, aumentando em 50% minha exposição a esse excelente Fundo de Logística. | ||
Em fevereiro, minha estratégia vai seguir sendo de aumentar a alocação em ações, de preferência em BDRs, me aproveitando de momentos de queda generalizada do mercado. Dessa forma, irei aumentar a exposição em ações e em ativos internacionais, matando dois coelhos com uma cajadada só! Pretendo também destinar cerca de 20% do aporte a compra de ouro, aumentando assim minha exposição em commoditie e me protegendo de eventual estresse mais acentuado do mercado. | ||
Até o mês que vêm! |