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Investindo Direito
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Existem apenas dois pilares na educação financeira. O primeiro deles, por mais simples e idiota que possa parecer é responsável por 80% do seu sucesso: poupar.

Pode parecer elementar isso para você caro leitor, mas sem a existência de poupança fica impossível obter qualquer resultando dentro da dinâmica financeira. Se você é parte desse grupo de 75% da população brasileira que não consegue poupar nenhuma quantia ao fim do mês, sinto em te informar que você está fadado ao insucesso e a ser uma engrenagem eterna da roda dos ratos.

O segundo pilar – que só tem serventia caso sobre algum dinheiro no final do mês – é investir bem esse montante poupado. De nada adiantar você poupar rios de dinheiro e não conseguir fazer esse dinheiro trabalhar para você a uma taxa satisfatória.

Antes de entrarmos propriamente dito no primeiro pilar da educação financeira (poupar), gostaria de destacar ao caro leitor que o problema da poupança vai muito além de quanto você por ventura ganha no seu trabalho.

Conheço muitas pessoas que ganham R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por mês e conseguem poupar religiosamente mil e poucos reais enquanto outros que ganham 15.000,00 (quinze mil reais) que não poupam nada e ainda contraem dividas como financiamento de imóveis e carros.

Acredite em mim, o primeiro grupo terá uma aposentadoria absolutamente tranquila, enquanto o segundo nunca poderá parar de trabalhar. E como esse primeiro grupo consegue poupar e o outro (que ganha substancialmente mais) não? A resposta é simples: o primeiro grupo gasta melhor os seus recursos.

Obviamente, eu sei que boa parte da população brasileira ganha apenas um salário mínimo ou menos e que com esse montante fica praticamente impossível suprir as necessidades básicas, não sobrando absolutamente nada para poupar. Para esse grupo, só existe, de fato, uma saída, que é aumentar as fontes de renda.

Aumentar e fonte de renda e gastar melhor os seus recursos são os dois temas centrais quando falamos em capacidade de poupança, e serão os temas com os quais gastarei as nossas próximas newsletters me aprofundando.

O caminho para aumento da poupança é difícil e exige alguns sacrifícios presentes para colher esses frutos no futuro. Entretanto, esses sacrifícios precisam ter efetividade para que o resultado valha a pena lá na frente. De nada adianta cortar o cafezinho (como muitos educadores orientam) pois no final o montante economizado não será suficiente para mudar de patamar o seu futuro e o sacrifício presente será muito pior que o retorno de longo prazo (especialmente se você é viciado em café como eu). Outro ponto sobre a efetividade dos sacrifícios presentes é que se você tornar sua vida um martírio, provavelmente você não conseguirá seguir realizando esses sacrifícios muito grandes e uma hora você simplesmente irá desistir de fazê-lo, jogando tudo por água abaixo.

Destaco, entretanto, que será necessário abrir mão de comportamentos medianos, que a maioria das pessoas adota. Vai ser necessário trabalhar mais, e abrir mão de certos confortos para a construção de poupança inicial que o levará a riqueza. Se você seguir fazendo o que a média das pessoas fazem, você terá o mesmo comportamento que elas e atingirá os mesmos resultados medíocres, permanecendo preso na roda dos ratos.

A jornada rumo a independência financeira é bem parecida com a daqueles que pretendem ficar em forma e mais saudável. É um jogo de longo prazo, no qual cada sacrifício e dificuldade presente é um tijolo que você está colocando na construção do seu castelo final. Ao longo do caminho, especialmente no início, durante muitos momentos você vai achar que nada está valendo a pena e que os resultados não estão minimamente aparecendo. Quanto isso acontecer, lembre-se que o jogo é longo e que muitas são as armadilhas mentais que podem te levar a desistência, porém tenha sempre foco no resultado final que com resiliência e perseverança ele chegará.

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