quando eu estava começando a minha carreira no audiovisual só tinha meia dúzia de projetos da faculdade para apresentar como portfólio para as empresas. o que eu não sabia - e acabei aprendendo com o tempo - é que isso não é o suficiente par...
quando eu estava começando a minha carreira no audiovisual só tinha meia dúzia de projetos da faculdade para apresentar como portfólio para as empresas. o que eu não sabia - e acabei aprendendo com o tempo - é que isso não é o suficiente para garantir um emprego ou freela na área. |
toda vez que aparecia uma vaga de estágio, eu enviava todos os trabalhos dos quais eu tinha participado. recebi muitos vácuos como resposta. eu não conseguia compreender o porquê, já que eu era versátil: tinha participado de várias áreas de uma produção audiovisual durante meu curso. eu entendia bem do processo. |
ou… será que não? comecei a duvidar da qualidade do meu trabalho e achei que nunca encontraria um estágio. eu estava errada: alguns meses depois consegui meu primeiro emprego na área. |
depois de muito tentar, descobri que a melhor forma de estruturar um portfólio de sucesso é apresentar apenas trabalhos que condizem com o que a empresa quer de você. por exemplo, se você está buscando entrar na área de direção de fotografia, não é interessante que seu portfólio tenha tantos trabalhos de motion graphics. se você tem interesse em conseguir trabalhos na área de edição, não faz muito sentido apresentar projetos que você só roteirizou. |
quando eu coloco dessa forma, parece óbvio, mas para muitas pessoas que estão começando na área, não é. nesse momento da carreira, tudo o que você quer é conseguir aquela primeira oportunidade e finalmente engrenar vários projetos legais. |
mas, o que fazer quando você só tem meia dúzia de projetos - não tão legais assim - no seu portfólio? bom, comece a produzir projetos fantasmas. |
afinal, o que é isso? projetos fantasmas são produções feitas por você para clientes fictícios. Imagine qual é a área que você gostaria de trabalhar e comece a criar projetos que mostrem o que você sabe fazer de verdade. |
na época, eu queria muito trabalhar com edição e motion graphics, por isso comecei a criar vários vídeos. eu idealizava um conceito, gravava o material bruto ou pegava imagens de arquivo e editava. fazia motion graphics que mostravam minha habilidade e colocava no meu portfólio. |
criar projetos fantasmas também é uma ótima forma de praticar. quanto mais projetos você desenvolve, mais sua barrinha de experiência aumenta - uma referência que todo mundo que jogou algum jogo na vida consegue identificar. |
uma boa dica para pensar em conceitos para os seus fantasminhas é fazer uma tempestade de ideias: escreva o formato em que você quer trabalhar e vá adicionando adjetivos e materiais de trabalho. |
um exemplo simples: quero criar um vídeo em stop motion que seja engraçado, colorido, cheio de personagens em formas simples feitas de massinha. em negrito está o nosso formato, em itálico os adjetivos e marcado em amarelo está o nosso material de trabalho. legal, né? |
se você tem um cliente específico em mente, considere fazer um vídeo gratuito para eles mostrando o que você sabe fazer e como o seu trabalho pode agregar à marca. você pode entrar em contato pelas redes sociais ou por um e-mail. quando a sua linguagem está alinhada com a da empresa, a chances de dar match são altas. |
agora que você sabe de tudo isso, é só começar a fazer o que você ama: arregaçar as mangas e produzir! |