Acusado de assédio, Rogério Caboclo é o terceiro presidente da CBF afastado desde 2012
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Acusado de assédio, Rogério Caboclo é o terceiro presidente da CBF afastado desde 2012

Rogério Caboclo é mais um presidente da CBF envolvido em denúncias e escândalos extracampo. Nos últimos 30 anos é o terceiro presidente afastado após ter seu nome envolvido em acusações de crimes. De herança maldita, o cargo mais poderoso do ...

João Oliveira
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Rogério Caboclo é mais um presidente da CBF envolvido em denúncias e escândalos extracampo. Nos últimos 30 anos é o terceiro presidente afastado após ter seu nome envolvido em acusações de crimes. De herança maldita, o cargo mais poderoso do futebol brasileiro está vago. Caboclo deverá se defender das acusações, mas mesmo que consiga provar inocência, é praticamente impossível que retorne ao posto. Enquanto os dirigentes da CBF escolhem o sucessor, vamos a um breve resumo dos últimos presidentes da mais importante entidade do nosso futebol:

Ricardo Teixeira (1989-2012) – O genro de João Havelange assumiu a presidência da CBF em 1989. Foi presidente por cinco mandatos. Alvo de duas CPI´s no Congresso Nacional, entre o fim dos anos 1990 e o início dos anos 2000. Contou com a ajuda da chamada Bancada da Bola, que contava com parlamentares aliados, para passar ileso de possíveis punições. Renunciou ao cargo em 2012, em meio a denúncias de corrupção na escolha de sedes e obras da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Citado em depoimentos durante as investigações do FBI, foi banido do futebol pela FIFA, em 2019.

José Maria Marín (2012-2015) – Governador de São Paulo no fim da Ditadura Militar no Brasil, era vice-presidente da CBF quando assumiu o cargo máximo da entidade após a renúncia de Ricardo Teixeira. Ficou conhecido por embolsar uma das medalhas de campeão da Copa São Paulo de Juniores, durante a premiação aos atletas. Preso pelo FBI em 2015, na Suíça, ao lado de outros dirigentes do futebol mundial. Ficou em Zurique antes de ser levado a Nova York, onde continuou preso até 2020, condenado por crimes como lavagem de dinheiro pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Ganhou liberdade por conta da idade avançada e os riscos da pandemia da Covid-19.

Marco Polo Del Nero (2015-2017) – Foi presidente da Federação Paulista de Futebol e ocupou cargos na FIFA e na CBF, que foi eleito presidente após o afastamento de Marín. Foi citado na mesma investigação que prendeu seu antecessor e outros cartolas do futebol. Desde 2015 não viaja para fora do Brasil com receio de ser mais um alvo de inquérito do FBI. Em 2017 foi banido do futebol pelo Comitê de Ética da FIFA.

Antônio Carlos Lima de Nunes, o “Coronel Nunes” (2017-2019) – Assumiu na vaga de Del Nero. O Coronel reformado da Polícia Militar do Estado do Pará foi presidente da Federação de Futebol do Estado por vários mandatos. Notabilizou-se por uma gafe internacional. Contrariando o acordo com os demais países da América do Sul, que definiram voto a favor da América do Norte como sede da Copa do Mundo de 2026, Nunes votou em Marrocos, gerando revolta dos seus pares. Volta à presidência por ser o vice mais velho do quadro da CBF.

Caboclo é mais um presidente da CBF afastado nos últimos anos
Caboclo é mais um presidente da CBF afastado nos últimos anos

Rogério Caboclo (2019-2021) – Foi eleito em 2018 para gestão de 2019 a 2023 na presidência da CBF. Acumulou os cargos de presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa América 20219 no Brasil. Afastado da cadeira após denúncias de assédio moral e sexual por parte de uma funcionária da CBF.