Brasil vence mais uma e perde a chance de usar as Eliminatórias para construir um time
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Brasil vence mais uma e perde a chance de usar as Eliminatórias para construir um time

O Brasil venceu, nesta sexta-feira (04/06), o Equador por 2 a 0 no Beira-Rio, em Porto Alegre, pela sétima rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. É mais uma vitória contra adversários sulamericanos na Era Tite. Desde que assum...

João Oliveira
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O Brasil venceu, nesta sexta-feira (04/06), o Equador por 2 a 0 no Beira-Rio, em Porto Alegre, pela sétima rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. É mais uma vitória contra adversários sulamericanos na Era Tite. Desde que assumiu o comando da Seleção, em 2016, foram 17 jogos de Eliminatórias, com 15 vitórias e dois empates. Aproveitamento numérico impressionante. O desempenho técnico, porém, impressiona negativamente. Novamente o time venceu e não convenceu.

Tite afaga Neymar após o 65º gol do craque com a camisa da Seleção (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
Tite afaga Neymar após o 65º gol do craque com a camisa da Seleção (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Com números tão positivos, Tite tem respaldo nos resultados para tentar algo mais. O pragmatismo na convocação, escalação e atitude em campo rompe as barreiras da prudência. Canja de galinha não faz mal, mas ninguém agüenta tomar todos os dias. Enquanto passeia sobre os rivais locais, o Brasil sucumbe contra os europeus em fases finais da Copa do Mundo. O handicap continental deveria servir de estímulo para a Seleção tentar um passo adiante.

Os jogos amistosos contra grandes seleções são cada vez mais raros por conta do calendário atual. As partidas das Eliminatórias seriam o cenário ideal para novas experiências e a formação de um time que ainda não tem cara, visando o Mundial. O nível da maioria dos adversários locais é abaixo. O caráter competitivo dos jogos eleva o tamanho do desafio o suficiente para não permitir que a concentração baixe. Ou seja, quem quer que entre no time chegará com a vontade de ganhar a posição e a responsabilidade de encarar um jogo oficial.

O Brasil vai se classificar para a Copa, provavelmente em primeiro lugar das Eliminatórias. Essa certeza deveria ser combustível para tentar outros caminhos e oxigenar Seleção. Não se justificam as escalações de jogadores já experimentados que não entregaram nada além da mediocridade. Fred, Alex Sandro e Danilo, por exemplo, são exemplos de coadjuvantes de carreiras sólidas na Europa. O Brasil urge pelo protagonismo.