A importância da tomada de decisões baseada em evidências
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A importância da tomada de decisões baseada em evidências

 ⚠️ SPOILER: Esse artigo foi escrito com o objetivo de discutir um tema relevante e apresenta-lo diante da ótica do escritor acima mencionado. Aproveite a leitura!  

Jonatas Calebe
4 min
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 ⚠️ SPOILER: Esse artigo foi escrito com o objetivo de discutir um tema relevante e apresenta-lo diante da ótica do escritor acima mencionado. Aproveite a leitura!  

Com o objetivo de descrever sobre o 6º princípio da Qualidade - e talvez um dos mais importantes e menos considerado na gestão da rotina, em vista da "correria" do dia-a- dia - escreverei sobre a tomada de decisão baseada em evidências (agradecendo também a sugestão do tema dado, pelo meu amigo e Analista de Processos, Lucas Martin).

Para iniciar o detalhamento sobre o artigo, gostaria primeiramente de sugerir uma reflexão: a assertividade na tomada de decisão pode ser medida? O que é ser assertivo? As evidências podem conduzir más decisões?

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Dentre tantas questões, podemos criar o seguinte racional lógico:

1- Dados

2- Análise e tratamento dos dados

3- Informações

4- Tomada de decisões

Começando pelo primeiro tópico, temos os dados. Ter dados, é algo muito abstrato, substancial - arriscaria dizer. Os dados não são informações, visto que sozinhos não possuem força de determinar uma situação, de determinar um entendimento e podemos exemplificar o mesmo na seguinte frase:

"Pastor alemão"

Qual a interpretação que temos deste dado? Estamos nos referindo à uma raça canina? Ou à um homem religioso, de origem alemã que possui como função ministrar determinado culto religioso?

No Direito, existe uma matéria - que inclusive é muito interessante - chamada de hermenêutica. A hermenêutica, é uma ciência que permite trabalhar a interpretação de textos, discursos, entre outros; de forma que possamos traduzir o real significado das coisas. E isso é muito interessante - não só ao Direito - mas também para a entrada no segundo tópico desse artigo: a análise e tratamento desses dados.

Para uma tomada de decisão assertiva, temos que entender os dados. E quando digo isso, lembro prontamente do exemplo dado pelo brilhante palestrante Márcio Martins em um webinar que participei  sobre Pensamento Estatístico como Estratégia de Gestão de Processos, em que ele comentava sobre a seguinte afirmação:

"Adoçante engorda".

A reflexão se dava em torno dessa frase. Nessa frase temos a seguinte análise: a maioria das pessoas que tomam adoçante, são pessoas acima do peso. Logo - por uma análise equivocada dos dados - entende-se que o adoçante é o causador do aumento do peso. E é aí que condicionamos totalmente a nossa tomada de decisão.

O adoçante, é uma medida paliativa para quem pretende diminuir as doses de açúcar. Não foi o adoçante, que elevou o peso de tal público e sim, o açúcar, ou até outros fatores; podendo eles estarem relacionados até à doenças. Portanto, concluir que o adoçante é o motivo do aumento de peso, seria errar drasticamente na análise dos dados. 

Entendem a importância dessa etapa e o quanto ela afeta na tomada de decisões?

Nossas organizações realmente olham para esse fator? Será que nossas análises são de fato sobre o real motivo e não sobre o sintoma? (Sexta-feira no Globo Repórter hahahaha)

Se trabalharmos bem, na análise de dados - e no seu tratamento, o que é de extrema importância -  e entender a real situação do "gemba" - palavra de origem japonesa que significa "o verdadeiro lugar", "lugar onde as coisas acontecem" - teremos as informações claras. 

E com as informações claras, bem definidas, temos base no terceiro tópico para alavancar o quarto e último tópico do racional lógico, a tomada de decisão baseada em evidências.

As informações servirão de sustento para uma tomada de decisão assertiva. A gestão dessa informação - seja por indicadores, seja por outro meio indicativo - poderá dar entrada para uma tomada de decisão unilateral - gestor de sua área tomando decisões sobre sua área - ou até multilateral, sendo essa parte de decisões estratégicas em comitês de Planejamento - por exemplo - ou grupos de melhoria de uma determinada empresa.

Independente da estrutura organizacional - hierárquica, matricial, projetos ou por processos - a tomada de decisão é parte da gestão da rotina e saber tomá-la pode conduzir a empresa à melhores resultados e maiores posições de mercado.

E você? Gostou do artigo? Fez sentido essa análise? Então, não deixe de comentar e compartilhar e me seguir para novos conteúdos! Até uma próxima!