Fernando Pessoa, Web Summit e caminhos
3
0

Fernando Pessoa, Web Summit e caminhos

Na escola aprendemos sobre diversos autores da literatura, mas alguns desses aprendizados, entre tantas outras coisas, acabou ficando em algum lugar guardado do meu cérebro que me fez inclusive pensar que Fernando Pessoa fosse brasileiro. 

Amanda Zeni Beinotti
5 min
3
0
Email image

Na escola aprendemos sobre diversos autores da literatura, mas alguns desses aprendizados, entre tantas outras coisas, acabou ficando em algum lugar guardado do meu cérebro que me fez inclusive pensar que Fernando Pessoa fosse brasileiro. 

Depois desse devaneio, no museu construído dentro de uma das casas nas quais morou em Lisboa, caiu a minha ficha que ele era português "da gema", mas que morou um tempo na África do Sul. 

Fernando Pessoa ficou conhecido por criar os seus chamados "heteronimos", personalidades criadas por ele mesmo que assinam as suas obras. Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares são as mais conhecidas, mas há mais de 50. 

Cada um deles via e vivia a vida de uma maneira. Não é que ele utilizava uma máscara e tinha algum tipo de transtorno mental. Ele só tinha espectros diferentes de ver a vida e deu nome para cada um deles. Como uma boa geminiana, por compartilharmos o mesmo signo, eu o entendo completamente. 

Entendo também a razão de devorar livros dos temas mais variados. De astrologia a tratados de direito internacional, passando por folclore grego. 

Com a sua genialidade, criou obras e obras durante toda a sua vida. O trabalho que deixou aos profissionais da literatura foi entender e conectar cada um de seus escritos que foram mantidos e isso levou anos. 

Amante de Lisboa, sua vida se conecta com a nossa por ter como ponto de encontro dois cafés chamados A Brasileira do Chiado e A Brasileira do Rossio. Não só por esse fato curioso, mas também se conecta também foi um grão de pó que, como disse ele "o vento da vida levanta, e depois deixa cair". Assim, que possamos proveitar todas as nossas facetas antes que a vida nos deixe cair.


Web Summit Lisboa 22

Email image

O Web Summit é uma verdadeira viagem. Ao passado, quando pensamos num mundo não tão distante sem nenhuma tecnologia como vemos hoje. Ao futuro, sabendo que o que temos hoje evolui a cada dia, a cada hora e que será ultrapassado em um ano. 

Sobre o presente, posso afirmar que nesse evento paira uma energia de busca incessante por soluções. 

Falando em números, foram mais de 72 mil pessoas cada dia, mais de mil speakers, mais de 2.500 startups expondo, mais de 15 palcos e mais de 160 nacionalidades, sendo que a terceira maior delegação era a brasileira. Vocês têm noção? 

São muitos estímulos sensoriais e informações ao mesmo tempo. Um stand mais chamativo que o outro. Milhares de pessoas conversando em idiomas diferentes ao mesmo tempo do seu lado. Temas que você já conhece, temas novos, representantes das mais diversas empresas e dos mais diversos setores falando em vários palcos ao mesmo tempo. 

Lição 1 aprendida: foco é essencial em eventos assim. Permitir a distração é permitir se perder. Ver, ver, ver e acabar não vendo nada. 

Falando em sensação, entrar nos pavilhões é entender que o mundo todo está para além de buscar soluções. O mundo aceitou, sem sombra de dúvidas, que mergulhamos na tecnologia no momento que colocamos o pé para sentir a temperatura. Não é colocar só a pontinha do pé. Já estamos encharcados. 

Se já estamos encharcados, o mundo está procurando outros mares. Se metaverso é o que você conhece de mais tecnológico no momento, aperte os cintos.

Foram temas tratados lá: Web3, inteligência artificial, internet das coisas, realidade virtual e aumentada, limites da ética, crypto, privacidade, criação de conteúdo, mobilidade urbana, dificuldade de obter e reter talentos, comportamento das novas gerações, transformação digital de empresas nativas offline e muitas outras coisas. 

Sabendo que o mundo está caminhando por aí, pergunto a quem lê: advogados precisam saber sobre esses temas? 

Spoiler: óbvio. 

Não porque vão trabalhar com startups, mas eventualmente porque pegaram um divórcio e é preciso dividir as cryptos que um deles têm, porque foi criado um perfil falso do cliente e precisam saber minimamente como orientar, porque as novas gerações são os futuros ou atuais estagiários e é preciso saber lidar com eles ou porque o negócio do seu cliente está indo à falência porque o concorrente criou um modelo de negócio que acabou com o produto dele. 

É preciso saber minimamente que essas coisas existem e já estão influenciando as nossas vidas. 

Para finalizar: Deram doce na mão de criança. A experiência é incrível, o Web Summit tem uma energia inexplicável.

Não vou esconder que também te deixa inexplicavelmente cansado e com a imunidade baixa, principalmente quando você concilia tudo isso com o trabalho. Consegui me recuperar completamente disso tudo na quarta-feira seguinte. 


Pílula da reflexão

Email image

É a decisão de um homem de cumprir seu desino que o faz realmente ser um homem e não as teorias que ele cria sobre os mistério da vida

Tomar decisões e cumprir com o passo a passo que foi estabelecido. É assim que vamos percorrendo a vida. E é assim que criamos o nosso próprio caminho. 


🤷‍♀️ Eaí, o que achou? Esse conteúdo é para você. Precisa fazer sentido. O lema é Servir bem para servir sempre.

🤳 Mande seu feedback pelo meio que preferir. Deixo meu instagram, caso seja o mais fácil @mandazeni.

Valeu e até a próxima!

Amanda Zeni Beinotti.