Como podem ver acima, a classificação do grupo C está como todos esperavam (ironia). Após um empate, embora não esperado, não surpreendente, entre Polônia e México e uma chocante, a mais chocante da Copa provavelmente, derrota da Argentina pa...
Como podem ver acima, a classificação do grupo C está como todos esperavam (ironia). Após um empate, embora não esperado, não surpreendente, entre Polônia e México e uma chocante, a mais chocante da Copa provavelmente, derrota da Argentina para a Arábia Saudita, o grupo C chegava para a segunda rodada com uma frase que em nenhum momento pensou-se possível: "a Argentina pode ser eliminada na segunda rodada." | ||
A Polônia pegava a Arábia nessa rodada e, apesar da vitória, ninguém colocava muita fé de que a Arábia seria um oponente acirrado, mas no futebol, motivação e confiança são capazes de ensinar qualquer time a jogar futebol. Já no confronto entre Argentinos e Mexicanos, o clima era pesado, com todo um mundo apoiando a seleção Mexicana, pois tudo o que todos queríamos dizer era "e o Messi tchau, Messi tchau, Messi tchau tchau tchau!" | ||
Polônia x Arábia Saudita - Não há nada como a Copa | ||
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Embora fosse um gol importante para o grupo, toda a pressão do dia estava na outra partida, o que fez com que essa partida fosse um pouco ofuscada. Enquanto a Arábia vinha de vitória sobre a Argentina e extremamente motivada, a Polônia falhou em vencer o México mesmo tendo um pênalti a seu favor e agora viria para tentar a redenção. | ||
Embora mantivesse o mesmo esquema tático, a Arábia Saudita trouxe algumas modificações em relação ao time que iniciou o jogo contra a Argentina. No gol, Al Owais é mantindo como o titular, na lateral direita, mantém-se Abdulhamid e na zaga Tambakti é substituído por Al Amri, que já era cotado para ser titular desde o inicio da copa. Na lateral esquerda, Al Sharani é substituído por Al Burayk, que constrói um pouco mais por dentro. No meio, Kanno é mantido na linha com Al Malki, mas Alfaraj não iniciou a partida, sendo substituído por Alnaji. O trio de ataque se mantém, com Al Dawsari sendo o principal nome aqui. | ||
Já a Polônia mantém sua zaga inalterada, mas sua formação tática muda de um 4-1-4-1 mais leve que foi usado contra o México para um 4-4-2 com uma maior aproximação a Lewandowski. Isso gera uma mudança muito grande no meio, com Zienlinski saindo do meio e indo jogar pela direita, enquanto Krychowiak ganha mais liberdade pelo meio campo, já Zalewski, Szymanski e Kaminski perdem as vagas para Bielik pelo centro do meio campo, Frankowski atuando como um meia aberto pela direita e Milik fazendo dupla mais a frente com Lewa. | ||
A Arábia começou muito bem, confiante e ofensiva, forçou a Szczesny a fazer boas defesas desde o começo do jogo. A Polônia, perdendo o meio campo, começa a apostar em bolas longas e em uma dessas, acha uma jogada muito bem trabalhada entre Cash e Frankowski, que cruza na área e Lewa aparece, tenta tirar do goleiro e quase manda pra fora. Mas o atacante estava muito focado e determinado nessa partida e, com uma grande visão de jogo, recua para Zielinski abrir o placar e jogar um balde de água frica no ânimo saudita. | ||
As bolas longas continuaram a chegar pro Lewa, que continua pressionando, mas é a Arábia que chega mais próxima do segundo gol, com um pênalti marcado ao seu favor. Al Dawsari bateu e Szczesny fez boa defesa e, logo em seguida, realiza um milagre no rebote, destruindo completamente o psicológico da Arábia. | ||
No segundo tempo, os Sauditas continuaram martelando, mas sem a calma necessária para marcar. Milik ainda conseguiu uma bola no travessão para lembrar a todos que a Polônia ainda atacava, mas era a defesa que mantinha a vitória, até que, nos momentos que mais se precisa, as estrelas brilham. Lewandowski, que já tinha colocado uma bola na trave momentos antes, vê o zagueiro vacilar durante a pressão alta e, roubando a bola, sai cara a cara com o goleiro. | ||
Esse lance me chamou muita atenção. Não por Lewa marcar o gol, todo o mundo do futebol já se cansou de ver isso. O polonês, neste dia, marcou seu gol de número 527 na carreira, mas o que me chamou a atenção foi que ele... chorou. O maior artilheiro da história do campeonato alemão, artilheiro de champions, ganhou tudo que já conquistou, 91 gols em Champions League. E ele chorou em um gol de 2x0 em um jogo de segunda rodada contra a Arábia Saudita. Aos 34 anos, fez seu primeiro gol em Copas, mas tenho certeza que este gol, que não há nem garantia que fará diferença para a classificação, é o gol mais importante de toda a sua carreira, pois não há nada como a Copa. | ||
Com isso, o grupo se embola e, enquanto a Polônia decide a vida contra uma pressionada Argentina, a Arábia ainda joga pela classificação contra o México e, após as apresentações desses dois jogos, me arrisco a dizer que eles são favoritos. | ||
Destaques: Lewandowski (Polônia), Szczesny (Polônia) | ||
Argentina x México - No hay nadie como tú | ||
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Existe uma grande mística ao redor de grandes nomes do futebol. Esse jogo aconteceu em um momento extremamente tenso, pois, após a derrota para a Arábia, a Argentina joga a vida contra o México no aniversário de dois anos de falecimento de Maradona. | ||
Por todo lugar que se olhasse, só havia Messi e Maradona no estádio, e esperava-se que o primeiro honrasse o segundo. Os mexicanos sabiam também o que estava em jogo, eliminar a Argentina era um sonho, mas um empate para decidir tudo contra a Arábia na última rodada não era visto com maus olhos. | ||
O jogo começou como é esperado de dois times latinos. Garra, vontade, travas da chuteira e disposição. Bastante tenso, os times pareciam ter ideias claras de jogo, o México fechava todas as linhas de passe que levavam ao Messi e tentava puxar contra-ataques, a Argentina tentava achar o Messi. Em um dia em que as estrelas decidiram, Mbappé decidindo contra a Dinamarca, Lewandowski decidindo contra a Arábia, esperava-se muito de Messi, mas a melhor chance do primeiro tempo veio com o México, em uma batida de falta lindissima de Vega para uma defesa ainda mais brilhante de Martínez. | ||
Quando o próprio Messi teve sua chance de falta no começo do segundo tempo, todos estiveram em pânico, mas, como é muito estranho dele, a falta não chegou nem perto. Foi então que aquela dúvida cruel começou a aparecer: "sera que hoje não é o dia de Messi?". La Pulga já teve algumas eliminações marcantes em que, por mais que tentasse, nada dava certo e esse parecia ser mais um desses dias. Mas deixou de ser no momento em que o marcador mexicano pensou a respeito. | ||
Di Maria levanta a cabeça e parece não acreditar no que vê, Messi, completamente desmarcado, instantaneamente ele vira o corpo e lança uma bola rápida para ele que domina, ergue a cabeça e mostra que, nos céus do Qatar, sua estrela brilha mais que as outras. Um chute perfeito, rápido, forte, a bola foi queimando a grama, fugindo do goleiro, entrando na lateral da rede. E a partir daí é tudo fábula. Não se pode deixar este homem pensar dentro de campo, pois sua genialidade é incomparável. | ||
A jogada do segundo gol, vinda de Enzo Fernández, é realmente maravilhosa, mas um mero detalhe (o que não pode ser detalhe é que Fernández tem que ser titular nesse meio de campo). Um país inteiro clamou por sua estrela e, mesmo em um jogo ruim, ele os atendeu, com isso a Argentina continua viva e agora decide a vaga contra a Polônia, duas das maiores estrelas do futebol mundial se enfrentando e somente uma deve conseguir a vaga. | ||
Destaques: Messi (Argentina), Enzo Fernández (Argentina), Otamendi (Argentina | ||