Diário da Copa 12 - Quem está e quem não está
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Diário da Copa 12 - Quem está e quem não está

O grupo D, após a primeira rodada, não estava do jeito que todos esperavam. A França teve 30 minutos de bastante dificuldade contra a Austrália antes de conseguir a virada e, após isso, dominar o jogo. Já a Dinamarca enfrentou a Tunísia e, di...

Enrich Vasconcelos
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O grupo D, após a primeira rodada, não estava do jeito que todos esperavam. A França teve 30 minutos de bastante dificuldade contra a Austrália antes de conseguir a virada e, após isso, dominar o jogo. Já a Dinamarca enfrentou a Tunísia e, diferente da expectativa, jogou bastante mal, não saindo do 0x0 e até tendo chances de perder a partida.

Para a segunda partida, a Dinamarca tinha a hercúlea tarefa de tentar arrancar pontos da França enquanto Tunísa e Austrália realizariam o que prometia ser o jogo mais desinteressante da Copa. A França, por sua vez, vinha com a intenção de vencer para garantir de vez sua vaga nas oitavas e exorcizar de vez a maldição de campeões do mundo não se classificarem para o mata-mata de Copas seguintes.

Tunísia x Austrália - Há Copa para todos

                                      Duke com a cabeçada que coloca a Austrália na frente
                                      Duke com a cabeçada que coloca a Austrália na frente

Após a primeira rodada, havia razões para ambos os lados acreditarem. A Tunísia vinha de uma partida sólida defensivamente, como sempre é, e que teve chances de vencer. Já a Australia se permitia sonhar após os excelentes 30 primeiros minutos contra a França, que era a favorita do grupo.

A Tunísia veio com exatamente o mesmo time titular para a segunda rodada, sem um única alteração, já a Austrália teve uma mudança em sua lateral direita, vindo com Karacic ao invés de Atkinson.

A partida começou bem equilibrada, com uma grande demonstração de marcação de ambos os lados, o que dificultava ainda mais a já fraca produção ofensiva de ambos os times.

Só fomos ter um lance de perigo aos 22 minutos, e foi justamente o gol. A Austrália, que até aquele momento não era melhor no jogo, mas que tem o cruzamento rápido na área uma das suas principais armas. Goodwin criou jogada pela esquerda e, em um cruzamento rápido que desvia na zaga, a bola chega até Duke, que em um movimento bem difícil consegue colocar a bola no fundo das redes.

Daqui em diante, só deu Tunísia no resto do primeiro tempo, atacando principalmente pelo lado direito, com Slimane, sua principal referência técnica, achando algumas chances perigosas, mas esbarrando na própria limitação defensiva.

O segundo tempo foi tão morno quanto o primeiro, com a bola muito presa no meio campo, com escapadas ocasionais para ambos os lados.

Provavelmente o jogo com menos apelo de toda a competição, mas essa é uma das belezas da Copa, um jogo que naturalmente não seria assistido nem pelos pais dos jogadores, transmitida e assistida por espectadores do mundo inteiro e, agora, colocando uma dessas seleções dependendo só de si para participar de uma oitavas de final da Copa.

Destaques: Goodwin (Austrália), Slimane (Tunísia), Jabale (Tunísia)

França x Dinamarca - Pesos tirados e colocados.

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Após um jogo que começou complicado para si, mas que conseguiu se recuperar com relativa tranquilidade, a França chegava animada para essa partida, contra o principal concorrente do grupo, tentando garantir sua vaga no mata mata com uma rodada de antecedência, algo que pode ser muito importante para uma seleção que vem lidando com tantos problemas de lesão, pois ajuda a manter suas principais peças protegidas, podendo ser poupadas na terceira rodada. Já a Dinamarca vinha tentando se recuperar de uma partida ruim contra a Tunísia, tendo a tarefa dificil de arrancar pontos de Mbappé e compania.

Por falar nele, desde cedo o ponta da frança atormentou a zaga dinamarquesa, que por ser muito pesada, tinha que estar o tempo todo atenta a onde estava o 10 francês. A primeira boa chance vem com uma cabeçada de Rabiot, que fez um gol parecido na primeira rodada, obrigando o excelente goleiro Schmeichel á fazer uma grande defesa. É importante então comentar sobre Rabiot, que recebeu a função de titular da seleção após a lesão da dupla Kanté-Pogba e, indubitavelmente, tem feito excelentes partidas, sendo peça fundamental nessa equipe até aqui. A defesa dinamarquesa conseguiu, à duras penas, segurar o ataque francês no primeiro tempo, tendo até mesmo uma boa oportunidade de contra-ataque, desperdiçada por Cornelius (o mesmo que perdeu um gol sem goleiro no primeiro jogo). 

O segundo tempo começou da mesma forma do primeiro. Mbappé e a França pressionando, mas com a Dinamarca conseguindo algumas escapadas para contra-ataque, esbarrando muitas vezes na própria lentidão. Griezmann também chegou a ter chance de abrir o placar, mas chutou para muito longe. É então que Theo Hernández, que ganhou a vaga após a lesão de seu irmão e tem sido um dos principais motivos da boa performance francesa desde então, tabelou com Mbappé, que com o bico da chuteira abriu o placar.

Não demorou muito e, uma jogada aérea, a Dinamarca empatou, tirando vantagem de seus jogadores altos. A França pareceu sentir um pouco o jogo, perdendo o meio campo e deixando algumas chances surgirem para a Dinamarca, mas, em um dia marcado por grandes estrelas decidindo, como em outros jogos, Mbappé apareceu. Em um cruzamento perfeito de Griezmann, o grande maestro desse time, o camisa 10 faz seu segundo gol na partida e terceiro na Copa, empatando na artilharia com Enner Valência.

O jogo se encerra dessa maneira, com Mbappé em noite mágica, decidindo. A França então se classifica com autoridade para a próxima fase e enfrenta a Tunísia, vindo provavelmente para poupar seus jogadores. Enquanto isso, a Dinamarca, que até agora parece não ter realmente chegado na Copa, vai pressionadíssima enfrentar a Austrália, que joga pelo empate para se classificar para a próxima fase.

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