VAR Tomar no Cu

Não que seja uma surpresa isso acontecer com um time brasileiro na Libertadores, mas o Club Athletico Paranaense foi assaltado dentro da própria casa hoje, no jogo contra o Estudiantes de La Plata.

Ainda no primeiro tempo, o Furacão chegou com muito perigo à área adversária. Em um cruzamento de Khellven para Cuello na segunda trave, o nosso atacante argentino cabeceou a bola em direção ao meio da área para que alguém chegasse finalizando. A bola desviada pelo jogador athleticano bate no braço do zagueiro do Estudiantes, braço esse que estava aberto, longe do corpo do jogador. O árbitro muito próximo ao lance vê tudo isso e marca a penalidade, pois o lance foi claro. Há a checagem do VAR, como em todo lance de pênalti, e o árbitro principal da partida é chamado para rever o lance. Fato que já era absurdo por si só, visto que o lance havia sido claro e o árbitro estava em cima do lance. Atendendo ao pedido do VAR, a autoridade da partida vai até a beira do campo rever o lance.

 E agora vem a parte que, para mim, é a mais absurda: ele, ao rever o lance, voltou atrás na sua decisão, antes convicta, e anulou a marcação do pênalti.

A pergunta que eu deixo aqui é: quando que a interpretação do árbitro de campo deve ou não ser considerada, antes de chamá-lo para rever o lance na tela ao lado do campo?

O Athletico ainda conseguiu criar alguma oportunidades de gol, e chegou a abrir o placar com Thiago Heleno, mas o lance foi anulado devido a um impedimento claro de Khellven no lance anterior à finalização.

O Estudiantes de La Plata conseguiu aquilo que queria, o empate sem gols.

A decisão da vaga está aberta, mas o resultado de hoje foi péssimo para o Furacão. Já que nós teremos q buscar o resultado na Argentina, e a arbitragem não vai nos ajudar. Quando se trata de Libertadores, nós, brasileiros, sabemos que somos historicamente prejudicados por arbitragem na maior competição do continente.