Lágrimas, suor e nada
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Lágrimas, suor e nada

Poesia de lamento

Danda de Alencar
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A louca incompreendida,

Ou a doida varrida

Que atormenta a todos com a mesma coisa

Sem perceber que eles em nada se importam.

Que o seu futuro será igual ao passado

Um monte de assuntos mal resolvidos

Noites insones por estar com um completo vazio

E choro sem que ninguém presencie.

A doida pirata um dia acreditou

Que poderia viver daquilo que tanto amou

Das palavras soltas em sua mente

Dos sonhos da tenra infância

Da doce imagem que a fantasia lhe deixou.

Sem pensar que logo aqui ia estar

Parada com lápis na mão

Com o coração no chão e a cabeça a flutuar

Com lágrimas pelo rosto a descer

Sem saber a quem recorrer.

Com apenas a certeza absoluta de que

Seu sonho foi apenas isso

Um sonho lindo de se ver

Pois ao sol nascer

A realidade lhe bateu.

Deixando claro o que ela não teria

Nem um aplauso ao completar sua jornada

Para ela sobrou apenas

Lágrimas, suor e nada.