Os gestores de riscos se apegam na famosa fórmula que Risco = Perigo x Vulnerabilidade x Exposição R=PxVxE na tentativa inútil de conseguir zerar a possibilidade de um risco na gestão do risco e emergência.
Os gestores de riscos se apegam na famosa fórmula que Risco = Perigo x Vulnerabilidade x Exposição R=PxVxE na tentativa inútil de conseguir zerar a possibilidade de um risco na gestão do risco e emergência. | ||
No Japão os terremotos são o MAIOR OU MAIS IMINENTE perigo que a sociedade nipônica vive. Tomemos como base este evento natural extremo. A população seria o elemento vulnerável ou exposto ao perigo. No primeiro grande terremoto do Japão em 1923 varias pessoas morreram por conta de incêndios provocados por ruptura de tubulações de gases e casas construídas em sua maioria de madeira. | ||
Em 1946 os japoneses sofreram com outro grande terremoto, de escala 8.1 atingindo mais de 100 milhões de pessoas. A maioria das mortes agora se deu pelo fato de que as construções no Japão ao invés de madeira eram de concreto. Muitas pessoas morreram no colapso das estruturas. | ||
Após o aprendizado com esses dois terremotos as construções no Japão foram feitas para serem anti terremotos. Aprendi na minha especialização em desastres em Tokio que : "terremotos não matam pessoas, casas frágeis e resposta inadequada sim". Predios gigantescos com molas nas fundações foram erguidos, prédio com pêndulos internos que evitam a queda também. Então veio o terremoto de 2011 de magnitude 9.0 causando um Tsunami, que matou mais de 29 mil pessoas. | ||
Deste aprendizado o Japão tirou uma poderosa lição, que constantemente falo nas minhas consultorias: IMPREVISTOS SÃO PREVISÍVEIS. Então eles se preparam não só para o perigo mas para uma resposta rápida que possa salvar o máximo de pessoas possíveis. | ||
Tomemos como base as barragens de rejeito. O perigo seria uma ruptura, falha, abertura de brecha, galgamento, pipping em uma dessas estrutura. A população à jusante seria o elemento que poderia estar vulnerável ou exposto a este perigo. Tirar totalmente a população tiraria a exposição correto? Então a exposição seria ZERO na nossa formula fazendo com que o risco fosse ZERO, correto ? ERRADO.... | ||
Pode parecer absurdo, mas dentro dessa formula que tanto utilizamos o correto seria colocar mais um fator, o ACASO. Imagine se por um acaso, um ônibus de turismo estivesse passando na área, ou um grupo de aventureiros explorando a região. Por mais que se construa por exemplo uma barragem de concreto para conter rejeitos o que aumentaria o custo vertiginosamente, poderíamos colocar na formula, o acaso de ter um sismo no local e romper o barramento. Não sou eu que estou sendo profeta do CAOS, a gestão de emergências, desastres e crise exige que você coloque este fator, e para que isso diminua, é essencial que a sua resposta seja rápida o suficiente para diminuir estes danos. | ||
Investir em prevenção é de suma importância, mas ter uma resposta rápida, bem treinada e preparada para TUDO, pode fazer toda diferença. | ||
Será que a sua empresa está treinando sua equipe de resposta para o IMPOSSIVEL? | ||
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