Portugal eliminado pelo ego de Cristiano Ronaldo
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Portugal eliminado pelo ego de Cristiano Ronaldo

Após o sopro final do apito que determinou a inédita classificação de uma seleção africana às semifinais da copa, uma cena marcou o que foi o desempenho de Cristiano Ronaldo no mundial. Enquanto os demais jogadores portugueses ficaram sentado...

Leonan Lopes
2 min
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Após o sopro final do apito que determinou a inédita classificação de uma seleção africana às semifinais da copa, uma cena marcou o que foi o desempenho de Cristiano Ronaldo no mundial. Enquanto os demais jogadores portugueses ficaram sentados no gramado completamente desolados pela eliminação, Cristiano Ronaldo foi direto pro vestiário aos prantos sem demonstrar postura de liderança ao consolar os companheiros.

Um Cristiano Ronaldo isolado do grupo, frustrado devido a saída conturbada no Manchester United, mas focado para copa. Focado em ajudar a seleção e ser a referência do grupo? Não. Focado apenas nos próprios recordes, e conseguiu ser o primeiro jogador a marcar gols em 5 copas. Tentou ser o português com mais gols em copas, porém ficou a um gol de igualar aos 9 gols de Eusébio na única copa que disputou, em 1966. Se frustrou por não ter um gol creditado contra os uruguaios

O baixo desempenho no Catar ficou notório quando CR7 não jogou uma partida inteira nos 5 jogos disputados, com apenas 1 gol marcado (de pênalti). Foi substituído nas 3 partidas que começou jogando, e as indignações pelas substituições frutos do péssimo rendimento em campo custou a titularidade. No banco de reservas, viu o substituto Gonçalo Ramos marcar 3 gols contra a Suíça. Portugal saiu vitorioso, mas Cristiano Ronaldo saiu mais derrotados que os suíços. Contra o Marrocos, a equipe de Fernando Santos não repetiu o desempenho do jogo anterior e por mais que Cristiano Ronaldo tenha jogado melhor, não foi o suficiente pra evitar a eliminação.

Saiu do Catar com mais um recorde, mas com o sentimento de frustração por saber que aos 37 anos, Cristiano Ronaldo falhou em sua última tentativa de ganhar uma Copa do Mundo. Pagou o preço pelo seu próprio ego, por não compreender suas próprias limitações e por priorizar nos recordes individuais, esquecendo que o futebol é um esporte coletivo.

De forma melancólica, o astro português sai da copa da mesma forma como saiu da Juventus e do Manchester United: isolado e pela porta dos fundos.