Sobre Setembro amarelo
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Sobre Setembro amarelo

Oi, tudo bem?

Lígia Colares
2 min
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Oi, tudo bem?

Eu não sabia como ter essa conversa contigo, então achei melhor escrever essa carta, me expresso melhor por palavras escritas, sabe?

Já li muito, já escutei podcasts, assisti alguns vídeos… Já me explicaram sobre a dor que se sente, sobre a dificuldade de se existir… Li milhares de vezes palavras como infelicidade, dor e solidão. E milhares de conselhos sobre como se fazer presente, ouvir e respeitar. Nos textos até parece fácil, né?

Sei que essa carta não deveria ser sobre mim, mas eu não consigo saber o que você está passando. Então só posso falar que daqui, do lado de cá, não existe palavra que consiga demonstrar o quanto você é importante. Eu gosto das conversas que a gente tem, gosto de como nossas ideias combinam, e gosto de tocar projetos contigo. Existem pessoas difíceis de lidar, e você não é uma delas (apesar de que sei que você acredita no contrário).

O ano está difícil e nos vemos tão pouco, mas eu ainda aguardo ansiosamente o dia em que vamos sentar para tomar uma cerveja, conversar sobre livros e ideias mirabolantes, reclamar da vida e falar dos nossos amigos. Planos, projetos futuros, novas ideias. Tenho muita vontade de te encontrar de novo e te dar mais um abraço apertado — abraço, esse item proibido.

Eu sei que esse texto não deveria ser sobre mim, mas como saber exatamente o que você está passando? Então só posso dizer de tanto potencial que vejo em você, de toda essa luz que você emana, e de como te ter na minha vida me deixa feliz. De como nunca tentei forçar nada, e como as vezes tenho esse jeito meio tonto e descontrolado de demonstrar carinho, mas também de como fazer parte de algo contigo me faz bem.

Sei que essa carta não deveria ser sobre mim, mas só consigo palavras para dizer o quanto você me é importante, e o quanto dói pensar que nunca consegui te dizer isso. E por isso decidi te enviar essa carta.

Porque posso não entender nada do que você está passando, e posso não ser parte da solução, mas jamais me perdoaria se não te dissesse o quanto você é importante, e o quanto faria falta.

Porque faria. Muita.

Te amo

Lígia Colares

Descrição de imagem: Uma ilustração de fundo todo preto e a silhueta de uma pessoa segurando um papel de carta, a silhueta é toda feita de pontilhismo.<br>
Descrição de imagem: Uma ilustração de fundo todo preto e a silhueta de uma pessoa segurando um papel de carta, a silhueta é toda feita de pontilhismo.