PRECISO DE MOTIVO? NEM SEMPRE ...
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PRECISO DE MOTIVO? NEM SEMPRE ...

Nem tudo tem que ter um motivo ou propósito. As vezes nossas coisas é somente por que queremos fazer. Mas andaram botando essas idéias na mente da galera...

Felipe Moreira Castro
4 min
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Nem tudo tem que ter um significado, as vezes a gente só quer fazer...
Nem tudo tem que ter um significado, as vezes a gente só quer fazer...

Eu desde moleque sempre gostei de escrever. Não que fosse fascinado, aliás como é até hoje. Não sou o expert, o taradão da escrita, mas por uma questão de ser a principal habilidade de minha vida, aquilo que faço de melhor. Sei fazer outras coisas, algumas até mais complicadas (e interessantes, kkkk). Mas nada se compara a escrever. Culpa, sei lá, talvez de ter começado isso aos dois anos de idade. Sozinho. É. Sozinho...fazer o quê.

E por que faço? Gosto demais, é verdade, mas não fico desesperado se não fizer. O que não nego é que isso me dá prazer e quando me sento para fazer eu me sinto bem e curto fazer essa parada. Certamente é o que me mantem hoje mais na reta do que nunca, algo próximo de uma terapia para mim hoje. Está no meu pódio de prazeres da vida.

Eu não sei se estou "certo ou errado", só sei que não consigo tratar como uma coisa inestimável, desse jeito. É meu trampo também e fico feliz mesmo assim, pois tenho a vantagem de fazer isso sem ser um peso, algo que chamo de uma “obrigação” , assim como uma "missão", saca.

Faço por que sei fazer, faço por que gosto, me faz bem e foda-se.

E é aqui que entra o que quero falar aqui para você

Não precisa ter um motivo. Ter necessariamente um motivo, sabem.

Hoje no mundo em que vivemos acho que estamos tendo sempre de dar um motivo, um sentido, uma direção para o que fazemos. Claro, que para muitas coisas é importante fazê-lo. Não ignoro isso.

Pode crer, tem muitas pessoas, como eu, talvez como você em vários cantos do planeta, nesse exato momento, que querem desfrutar daquilo que mais gostam, das atividades que fazem e sentem prazer, que lhes alegram e tem de dar um porquê disso, ou que ficam ouvindo, absorvendo, concordando que aquilo que elas fazem, ou tudo que elas fazem na vida “tem que ter um propósito”, “o seu por que” ou coisa assim.

E aí eu lhe pergunto: por que não só fazer aquilo que gosta, aquilo que faz bem, aquilo que a gente pode chamar, sei lá maldizendo, de “terapia consigo mesmo”, só fazendo para ser seu deleite, sua diversão?

Eu mesmo muitos de meus textos, vou escrever sem um motivo específico. Só sento e escrevo, só faço, como algo “que me dá no momento”. As vezes depois quando vou lá e volto para ler o que escrevi eu fico “caramba, eu escrevi isso? ” E  digo, “é, eu escrevi isso mesmo, c******...” Tava inspirado. Não percebia na hora claro, mas depois ficava feliz com o que tinha feito, pois fiz o que queria fazer, do meu jeito, a minha perfeição .  

As vezes tem coisas que gostamos, coisas que nós só queremos fazer, e que por pressão, por ter que ter um motivo específico, acaba que, por exemplo, a gente deixa de fazer ou faz de maneira capada, ou muito moldada, mais pelos outros, do que por nós mesmos.

Uma coisa que me libertou para escrever foi entender que enquanto não for eu puro ali dentro, o ingrediente principal for só eu e o que quero pôr ali, não vai ser de fato algo meu. Ali para mim é meu momento, é meu mundo e nada mais.

E eu escolhi que aquilo que seja o que de melhor sei fazer não tenha que ter um motivo. Pode ser até que tenha, que eu não coloque isso, não sei. Mas não quero ter que ficar dando respostas. Ao menos para algumas coisas que quero fazer.

No fundo tem coisas que é só a gente querendo entrar em ação. É a gente querendo só se mover, só fazer, só ser, sacam. E tá tudo certo, tudo bem.

Não precisamos ficar tendo que por classificações ao que é nosso, nem ficar dando explicações ao mundo. Só se a gente quiser e quando quiser. Vamos tentar nos libertar de algumas amarras, que insistem em nos colocar.

E antes que venham com coisas, não sou coach, nem nada disso, ok.

Só vamos facilitar a vida. Começa com algumas coisas, entre elas, se dar uma liberdade de certas coisas, ou algumas liberdades, sem ter que se sentir ruim e/ou culpado por isso. Vamos viver um pouco mais.

Tá na hora. Seguimos!