Recanto da Escrita | Artigo | Empreendedorismo - Parte #005
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Recanto da Escrita | Artigo | Empreendedorismo - Parte #005

Seguimos com a continuação do texto anterior, que abordo as oficinas que eu fiz na fábrica da cultura de Diadema.  Acredito que como um arte-educador, podemos empreender e aprender com as oficinas que fazemos seja em qualquer espaço gratuito ...

Rogério H.P Pontenegro
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Título: A literatura como um empreendimento e um fazer artístico - Parte II

Seguimos com a continuação do texto anterior, que abordo as oficinas que eu fiz na fábrica da cultura de Diadema.  Acredito que como um arte-educador, podemos empreender e aprender com as oficinas que fazemos seja em qualquer espaço gratuito em que a prefeitura abre como uma oportunidade.  

A arte é a forma mais intensa de individualismo que o mundo já conheceu.

Oscar Wilde.

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Trabalhei por muito tempo na área da educação, isso em meados de 2005 á 2013. E a arte me acompanhou através da escrita. Tendo contos publicados em Antologias Literárias da Andross Editorial e da Darda Editora. Meu nome Artístico é Rogério H.P Pontenegro que uso desde 2009 no primeiro conto que publiquei: Dimensões.BR.

A Arte-educação me mostrou que a arte é a forma mais engajadora do fazer. Isso é individual e do ser humano. É libertador e nos dá autonomia para vivenciar as mais diversas experiências de arte e do empreendedorismo.

Não é de hoje que o movimento Do It Yourself, não é exclusivo somente para algumas determinadas áreas ou fablabs que surgiram logo a seguir dos anos de 2014 pra cá.

Defino aqui por ter tido vivência anterior na educação e na arte, mas eu te digo: Basta ter tido vivência, se nós adquirimos conhecimento na internet? E se nós aplicarmos isso nos nossos processos, nas nossas iniciativas e nos experimentos?

Eu me identifiquei muito com a arte, e redescobrir coisas que então fazia na época quando estava na educação, a arte é até engajadora no fazer em soldar um banco de ferro, por exemplo, eu fiz um curso de 30 dias de Solda e Serralheria na Mercedes num projeto que envolvia a prefeitura de São Bernardo do Campo. 

Nos finais de semana em que a comunidade participava de eventos promovidos pelas escolas, eu participava fazendo leitura de contação de histórias dos meus textos publicados no livro "Oficina de Criação Literária," cujo o livro foi resultado de uma oficina que participei a muitos anos atrás pela prefeitura de São Bernardo do Campo, coordenado pelo escritor Manuel Filho.

Independentemente do que eu vivo, empreendo a minha arte e criatividade da escrita literária. Aqui tento unir a literatura à arte, as vezes muito desassociada uma da outra, para acrescentar algo a mais dessa que é uma das importantes economia criativa.

Além do talento de renome que encarnam o título de artista estão também os escritores, músicos, pintores, grafiteiros, dançarinas, costureiras. Todos temos cada um a sua forma artística, que inventa e traduz a criatividade em produtos ou serviços para que possa ser vendidos ao público no mercado.

Isso graças a internet, as redes sociais e o crescimento da economia criativa.

Muitos artistas iniciam e continuam sua carreira empreendedor (a) sem deixar para trás o amor pela arte. Eu as vezes fico na dúvida, mas vejo que a minha arte da escrita não será deixado pra trás, mas isso se soma a tudo que vivenciei na minha vida através da educação e dos espaços da culturais fazendo arte numa aprendizagem continuada.

Seja qual for o objetivo, desde colocar sua arte para o mundo, vender seu trabalho para ir atrás de um sonho, ser conhecido na área, abrir uma galeria ou escrever um livro. O objetivo é um dos grandes precursores que definirão o seu caminho, as suas escolhas e decisões e o como será feito.

O paradigma de que a arte não pode ser empreendedora, é o ponto que impede os artistas a traçarem trajetória de sucesso. Isso também vale para quem esta na literatura como o escritor de autopublicação.

Encontrar um propósito é uma razão para viver da arte, e trabalhar com entusiasmo, paixão e prazer. 

Tudo que é criado através da arte, e também da literatura se torna material, e se transforma em produtos ou infoprodutos. A arte do corpo pode ser gravado em vídeo e ser vendido como aula e e-books pela internet. Eu mais tarde vou falar mais sobre o Design Fiction e como ela me fará de certo modo ser artista literário ou multicarreirista, com a tecnologia colaborando para um projeto futuro. 

Nesse momento em que todos estivemos enclausurados, o desafio é fazer a arte acontecer. Apesar de muitos estarem bloqueados e mais preocupados em colocar comida em casa.

O que você pode começar a fazer, é voltar no tempo, e fazer como eu fiz para poder me inspirar, e trazer o conhecimento do movimento Do It Yourself, com um breve estudo sendo um fazedor solitário.

A expressão Do It Yourself surgiu nos Estados Unidos no ano de 1912, quando as pessoas eram encorajadas a fazerem seus próprios objetos, reformas e reparos em casa, sem a ajuda de profissionais, com o objetivo de economizar dinheiro.

Mas foi apenas em 1950 que a filosofia realmente se propagou, sendo uma forte aliada do movimento anticonsumista, que visava reduzir o consumo. 

A filosofia punk era a do “se você não gosta do que existe, faça você mesmo” – ou, simplificando, o lema “do it yourself”. E os punks da primeira hora começaram a criar suas próprias artes plásticas, suas próprias roupas diferentes, seus próprios discos (dando início a um real sistema de gravadoras independentes) e suas próprias publicações (revistinhas xerocadas chamadas fanzines). Isso por volta dos anos de 1970 e 1980.

Já no começo dos anos 2000, o D.I.Y. ganhou força no cenário punk underground como forma de músicos produzirem e divulgarem suas músicas de forma independente.

O artista fazedor.

O fazedor definido no dicionário como aquele que faz; que cria; um criador. Isso para a arte é um dom, uma habilidade.

Pare para pensar por um momento e lembre-se agora dos grandes empreendedores, das pessoas que você segue, dos líderes que te inspiram, dos homens que te influenciam. Bem provável que eles sejam fazedores. Eles tiveram a sua arte e criaram os seus negócios empreendedo.

O artísta como um fazedor nada mais precisa do que colocar em prática aquilo que foi pensado ou planejado. É tática, ação, a aplicação do que foi predeterminado.

Através da arte, o teatro foi o primeiro caminho para destravar essa ação, ela me deu confiança.

Na hora da execução é que muitos empreendedores travam quando procurar como começar a executar tudo aquilo que se aprendeu.

A arte é o caminho que se une ao fazer, e isso o teatro e a arte-educação me ensinaram muito.

Essas oficinas eu fiz na Fábrica de Cultura de Diadema. Se você quer começar a empreender através da arte e executar tudo aquilo que você aprendeu, esse é o melhor lugar para você dar o primeiro passo, sem se esquecer de estudar, observar aquilo que mais interessa, praticar, errar, ser persistente, dar um toque artístico e ser um fazedor persistente.

Isso é o que venho aplicando no meu trabalho, no meu dia a dia como escritor, professor, artista e criador de conteúdo digital.

A Arte-educação

A arte-educação é uma disciplina educativa que oportuniza, ao indivíduo, o acesso a arte como linguagem expressiva e forma de conhecimento, e ela acontece na sociedade de duas formas:

Assistematicamente: através dos meios de comunicação de massa e das manifestações não institucionalizadas da cultura (entendido como manifestação viva e em mutação, não limitada apenas à preservação de tradições).

Sistematicamente: na escola ou em outras instituições de ensino.

A arte-educação tem um objetivo maior que a formação de profissionais dedicados a esta área de conhecimento: no âmbito da escola regular, busca oferecer, aos indivíduos, condições para que ele compreenda o que ocorre nos planos da expressão e do significado ao interagir com as artes, permitindo, dessa forma, sua inserção social de maneira mais ampla.  

Talvez haverá mais dois textos continuando esse pequeno introdutório da arte e da literatura.

Até mais.

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