A LIBERDADE E A PAZ QUE A PRIMAVERA TRAZ

O inverno passou já faz algum tempo, mas parece que ainda não saímos do estado de hibernação. A tempestade já deu lugar ao sol, o mundo sem cor se transformou em um mosaico de cores, o jardim que antes sem flor, agora floresce em cor, beleza e perfume. Mesmo assim o mundo ainda não se deu conta de que vivemos uma nova estação. A primavera chegou, contudo continuamos vivendo castigados por esse inverno que parece “sem fim”.

Com tanta indiferença a tudo isso, o mundo cheio de contrastes continua mergulhado no sono da sua própria maldade. A humanidade jaz em guerras, fome e destruição, andando lado a lado com a dor, tentando sonhar os sonhos que povoam nossas mentes, enquanto vivemos os pesadelos da vida real, sem perceber que a primavera chegou e que os sonhos podem se tornar tão reais quanto as flores do jardim.

É na primavera que o que parecia estar morto começa a mostrar vida, que o cinza do mundo dá lugar as cores das flores, que o ar poluído pela fuligem da destruição química do mundo pode ser esquecido com o perfume de uma nova estação.

Isso me faz lembrar de um inverno passado, de tantas lutas e revoluções na esperança de transformar o mundo. Mas vejo no que o mundo se transformou e me pergunto: De que adiantou independência, democracia e tantos outros gritos de liberdade se continuamos presos aos grilhões da politicagem e da corrupção? Será que a esperança de uma primavera morreu ao ponto de nos cegar para não vermos que o inverno passou?

Vejo que não há ninguém que possa nos ajudar a enxergar a nova estação, como fizeram os poetas, revolucionários e idealistas do passado. Ninguém mais luta por um ideal em comum. É cada um por si e Deus por todos!

Nessas recentes eleições, pude ter um exemplo disso ao contemplar o sono indolente da nova militância extremista e corrompida pelas próprias ambições, que ignoram o passado de seus candidatos e a real história política de seu país, e percebo que é por isso que continuam aceitando ser governados por homens que nos roubaram e deturparam o lema e as cores da nossa bandeira. Homens que nos envergonharam e que colaboram com a permanência de um inverno destruidor que assola não só o país, mas o mundo inteiro, pois habitamos um jardim global interligado por uma rede que nos prende uns aos outros, guiando-nos pela evolução tecnológica que se tornou a bússola da humanidade rumo ao futuro desconhecido, porém que nos revela um presente triste e desolador em partes de um mundo tão próximo a nós.

Para muitos, todas essas pautas revestidas de uma falsa preocupação com aqueles que diz proteger, não passa de esterco adubando a maldade na mente e no coração humano, estereotipando de forma ilusória e enganadora, a liberdade e a paz que só Jesus Cristo traz. “Quisera poder, num esforço total, acionar os canais de comunicação da aldeia global e a todos mostrar a real condição de ser livre”, como já diz o pensador .

E nesse estado de emoção e motivação primaveril, posso afirmar que continuaremos dando soco em ponta de faca e nó em pingo d’água se as verdadeiras poesias que falam que as flores estão nascendo continuarem amassadas e abandonadas nos bolsos dos poetas.