Everything you want is in the other side of Fear
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Everything you want is in the other side of Fear

O entendimento de que nós podemos realizar coisas incríveis e com impacto a longo prazo é um pouco escasso para a turma da nossa geração - como somos muito imediatistas, é comum que às vezes falhemos quando nos é incumbido uma tarefa ou um so...

Luca Castellano
7 min
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Risco

O entendimento de que nós podemos realizar coisas incríveis e com impacto a longo prazo é um pouco escasso para a turma da nossa geração - como somos muito imediatistas, é comum que às vezes falhemos quando nos é incumbido uma tarefa ou um sonho que claramente leva tempo para ser realizado. 

Hoje queria analisar um pouco o famoso quem arrisca não petisca, e que o melhor momento para começar uma coisa nova nem sempre é quando jovem.

🎙️Frase da Semana 

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Essa frase é famosa - mas o legal é a implicação dela nas nossas vidas. O mais comum é escutar como resposta a ela o seguinte: eu não tenho medo... tenho outros sentimentos. Mas, se você teve/tem dificuldade em crescer na carreira, eu peço perdão, mas discordo veemente de você

Medo é um sentimento muito forte, muitas vezes mascarado por uma capa de proteção que, por sua vez, nos impede de fazer coisas que possam nos machucar de certa forma. Mas, muitas vezes, o verdadeiro perigo vem da inatividade causada pelo medo. 

Think about that. 

🚡Ritual 

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♟️Os primeiros erros

Risco. 

Uma certa vez um empreendedor que eu admirava muito olhou na minha cara e me disse que eu não era um risk taker. Que independente das minhas escolhas do passado, eu nem chegava perto a o que ele entendia como tal, mesmo depois das criações e negócios que eu fizera anos antes. 

Embora fosse uma opinião devidamente impopular, e francamente não concordei, ela me fez refletir sobre qual é o momento da vida para tomar riscos. Se é quando jovem, se é quando mais velho, se é na meia idade e assim por diante. Cheguei a uma conclusão que queria compartilhar com você. 

Em primeiro lugar, por que alguém toma risco?

Pode parecer óbvio, ou não, mas uma pessoa toma risco porque sabe que a recompensa é muito maior. É assim que funciona o mundo - num cenário em que querer é comodity, correr atrás é luxo. Oferta e demanda: quanto maior o risco, maior a recompensa. 

Toma mais risco quem quer mais (sem juízo de valor, tá tudo bem não querer).

O primeiro grande Erro

Vejo muita gente falando por aí que quer fundar o próprio negócio em algum momento da vida; pode ser que essa pessoa seja você. Seja esse o caso ou não, a grande maioria das pessoas que falam isso são pessoas que não tem a menor noção sobre a evolução do apetite ao risco com o tempo

Risco é, por definição, a probabilidade de insucesso de determinado empreendimento, em função de acontecimento eventual cuja ocorrência não depende exclusivamente da vontade dos interessados. Em outras palavras, risco só é risco porque não depende tão somente de nós. 

Ou seja, já começa por aí: a pessoa fala que quer empreender e ter o próprio negócio, mas ela condiciona essa afirmação à própria vontade, o que não pode ser uma verdade. Isso porque, se risco fosse condicionado apenas em cima disso, não seria risco - seria simplesmente um produto de uma escolha regular. 

Então tá aí o primeiro erro da nossa geração: queremos controlar tudo e queremos que certas coisas aconteçam rapidamente, mas nem sempre é possível. 

🎈Qual é o melhor momento para correr risco?

Spoiler: o ideal não existe, mas eu tenho uma opinião sobre 2 momentos de vida para encontrar o ponto de equilíbrio entra momento e apetite ao risco. 

Impossível listar todos, mas o que configura o risco geralmente é a incerteza ou abdicação dos seguintes fatores: 

a. Dinheiro;

b. Família & Responsabilidade; 

c. Pressão Social; 

d. Comparação;

e. Legado; 

f. Custo de Oportunidade; 

Existem outros, mas vou focar nesses que são um pouco mais intuitivos. 

Quatro melhores momentos para correr risco e montar o próprio negócio (sem ordem específica): 

1. Comece cedo no mercado de trabalho, entre numa Startup cedo, vire sócio, ganhe R$ no evento de liquidez e depois monte a sua. São anos ganhando pouco, pressão social pesa, custo de oportunidade é alto, mas a recompensa é grande se a Startup for boa. 

EX: Mais pessoas do que você imagina fizeram isso, mas o exemplo do Pedro Dias é clássico. Entrou como sócio na Vitta em 2015, e depois de 5 anos venderam a empresa. Saiu de lá e fundou a Mevo. 

2. Comece cedo empreendendo, na faculdade. A primeira não dará certo, a segunda mais ou menos, a terceira pode ser que sim, a quarta tem mais chances... Isso é bom porque você é jovem, sem responsabilidade, sem família, menos dependente de ganhar o próprio dinheiro e ainda não muito preocupado e construir o próprio legado. Ou simplesmente funde a sua e insista até virar.

EX: Igor Gontijo, empreendedor na HackrAds, começou cedo, fundou 9 negócios e o 10º ele vendeu com sucesso. Otto Guarnieri, co-fundador na +Mu, viu no seu primeiro negócio um sucesso absoluto depois de pouco tempo. Co-fundou na faculdade. 

3. Vá pra mercado cedo sabendo que quer empreender. Se aventure em empresas boas - invista em aprendizado, e não dinheiro. Do dinheiro que receber, guarde. Em bons 8 anos, funde o seu negócio já com dinheiro para manter uma vida ok e investir tempo no seu business. 

EX: Jorge Vargas Neto, anos de trabalho no Direito, escritórios e esfera pública, até que passou para a esfera privada e foi fundando seus negócios. Hoje é um cara de muito sucesso, fundador de BHub. 

4. Carreira longa em grandes empresas (+20 anos), torne-se executivo de sucesso e, depois isso, aventure-se no mundo das startups, seja criando o próprio negócio como se tornando sócio majoritário num ambiente volátil. 

EX: Paula Bellizia, anos de mercado, Presidente de grandes empresas no Brasil (Apple, Microsoft, Facebook) e hoje sócia e Presidente de Global Payments no EBANX (Startup). Eduardo Haber, anos de mercado financeiro (mais de 18), e hoje fundou a sua Startup, a Nomad. 

A Justificativa...

Esses 4 cenários são as melhores combinações, ao meu ver, de carreiras com menos risco, maior aprendizado e possibilidade de criação de negócio. Vale dizer que não existe, e nunca vai existir, um momento ideal, isto é, nunca vai ser fácil tomar a decisão. Nunca será intuitivo, nunca será um no brainer. Isso é o risco - não é fácil decidir o momento de fazer a transição, mas aí estão 4 cenários comuns de mercado de momentos mais propícios de certa forma para a criação de novos negócios. 

É claro que todos eles têm seus desafios - fato - mas aí você escolhe qual o melhor pra sua personalidade. 

Time to think about your career moves, people. 

Pequenos Aprendizados da Semana 

1. Em discussões todo mundo tem um ponto, basta você querer entender. 

2. Um bom fone de ouvido é um dos melhores investimentos que alguém pode fazer. 

3. Falta de leitura é falta de motivação sobre qual conteúdo consumir. Assim que encontrar o livro certo, a leitura flui. 

4. Sigo fazendo no mínimo 1 jantar por semana pra falar de negócios. So far, so good!

5. Uma boa rotina de sono, alimentação e treino pode ser mais poderosa do que você imagina. Note que eu disse boa, não necessariamente ótima e nem muito menos perfeita. 

6. Ver bons filmes é um baita tempo de qualidade com as pessoas que você ama. 

7. Apague o Instagram do seu celular durante seus períodos de trabalho - use de manhã, no almoço, e de noite. Verás sua produtividade aumentar 2x. 

8. O Todoist é um app que vem mudando a minha vida. 

🚡Ritual 

De volta em breve, espero que tenham curtido. Mandem feedbacks no @lucabcastellano :)

Valeu!