Sinopse: Após a apresentação da acusação e das evidências de um crime terrível, um jovem rapaz acusado de ter assassinado o próprio pai, um júri, formado por um grupo bastante heterogêneo de indivíduos, precisa decidir se ele é culpado ou ino...
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Sinopse: Após a apresentação da acusação e das evidências de um crime terrível, um jovem rapaz acusado de ter assassinado o próprio pai, um júri, formado por um grupo bastante heterogêneo de indivíduos, precisa decidir se ele é culpado ou inocente. | ||
Direção: Sidney Lumet | ||
Ano de lançamento: 1957 | ||
País: EUA | ||
Comentário: O teatro e a dança da democracia americana (e, com efeito, de toda a democracia ocidental), por uma ótica evidentemente otimista, mas que, ainda assim, não deixa de lado os seus percalços. O desenrolar de Doze homens e uma sentença é, em última análise, uma tentativa de manter em pé o boneco de bibelô que é a prudência no processo jurídico democrático, este que está constantemente subjugado (e, portanto, ameaçado) por forças externas que vão além das tecnicalidades do júri. No início do filme, nos é apresentado o caso que, no que se tem a todos os julgamentos jurídicos que já aconteceram no mundo, não é lá nada de muito extraordinário (embora, claro, não deixe de ser trágico), e um plano médio nos revela o réu, um rapaz de rosto inexpressivo. E, nesse rosto inexpressivo, nessa face dúbia num sentido moral, são depositadas as mais variadas suposições. Eis, aí, o jogo da democracia: Doze homens e uma sentença é o retrato de uma sociedade que, embora tenha alguma disposição para o julgamento, acaba sendo mais influenciado por forças subjetivas (receios, preconceitos, ressentimentos) do que por capacitação profissional. E, ainda assim, desse embate caloroso, de alguma forma meio milagrosa, parece surgir alguma luz no fim do túnel, alguma esperança de que, afinal, a humanidade consegue encontrar o seu caminho na democracia. | ||
Nota no Tameirômetro: 10/10 | ||
Onde assistir: Telecine Play | ||
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