"Luca" – Comentário sobre o filme

Sinopse: O jovem Luca, um monstrinho marítimo, se deslumbra com a ideia de viver como um ser humano em um pequeno vilarejo italiano, e se prepara para uma competição com os seus dois amigos, um outro mostrinho e uma garotinha italiana, enquanto foge do encalço dos seus pais e luta para que não descubram que ele e o amigo são os monstros do mar temidos e caçados pelo vilarejo.

Direção: Enrico Casarosa

Ano de lançamento: 2021

País: EUA

Comentário: De modo geral, Luca não é lá nada de muito inovador, no que se tem às já muito conhecidas convenções de um filme da Pixar: uma história fofinha, muito divertida, consciente de suas variações tônicas, com lições de vida muito instrutivas e importantes para os seus espectadores, jovens e adultos, e um prato cheio para os psicanalistas de plantão. Nem por isso, contudo, o filme deixa de ser bastante comovente: afinal, a carga emocional poderosamente tocante (que também é de praxe da Pixar) é presente, e, para além de tornar os seus filmes experiências absolutamente memoráveis, é justamente isso o que faz com que as suas mensagens sejam tão duradouras e universalmente retumbantes. No caso de Luca, é um filme sobre a aceitação das diferenças; isto é, a receptividade para com as diferenciações individuais que vão florescendo durante o amadurecimento, conforme aprendemos a "andar com as nossas próprias pernas", tanto num sentido individual, quanto social. Mas mais do que isso, gosto que o filme provê também aos adultos um ensinamento muito importante: ao mesmo tempo que os filhos devem buscar assumir as próprias vidas, cada qual com as suas experiências individuais, é importante que os pais permitam que eles passem por esse processo formador. Por mais perigoso e doloroso que o mundo possa vir a ser, afinal, nada se compara ao perigo de não se deixar expressar as verdadeiras cores.

Nota no Tameirômetro: 8/10

Onde assistir: Disney +

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