Crônica: Tempestade Perfeita
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Crônica: Tempestade Perfeita

A final da NFC da temporada de 2022-23 foi um dos eventos esportivos que eu mais esperei na minha vida. Mesmo comparando com a minha época fanática pelo Flamengo, acho que poucos jogos me levaram ao nível de entusiasmo que esperar essa decisã...

Lucca D'elia
2 min
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A final da NFC da temporada de 2022-23 foi um dos eventos esportivos que eu mais esperei na minha vida. Mesmo comparando com a minha época fanática pelo Flamengo, acho que poucos jogos me levaram ao nível de entusiasmo que esperar essa decisão me levou. Analisei match-up, vi quais eram as chaves da vitória de cada time, consumi conteúdo sobre o jogo a semana inteira, fiz tudo que me tirasse, mesmo que um pouquinho, a ansiedade por essa partida. San Francisco vinha de uma temporada de cinderela, um 13-4 lindo de se ver, com uma sequência de 10 vitórias e um quarterback calouro que foi a última (!!) escolha do Draft de 2022. Era aquela temporada dos sonhos, que eu sentia que seria coroada com um título.

O jogo começa, os Eagles abrem com um touchdown, o que era esperado, e então entra em campo o ataque de Santa Clara. O drive começa bem, Purdy tem três bons passes e parecia ter o controle do jogo, até que num sack do Javon Hargrave ele solta a bola, cai no chão, e sai de campo com uma lesão no ombro passador, dando lugar a Josh Johnson, que guiaria o time dali em diante. Quando vi o camisa de 17 “under center”, lembro de virar para os meus amigos e dizer que o jogo tinha acabado ali, o que se confirmou depois. Johnson teve 7-13 e 73 jardas, um statline pífio que confirma o quarterback muito abaixo da média que ele é, e que levou San Francisco a perder por 31-7. Todos os fatos acontecidos após isso (volta do Purdy, McCaffrey como quarterback) não mudaram em nada o prognóstico do jogo, como eu disse, a partida tinha acabado após a lesão do #13.

Sendo bem sincero, só escrevi esse texto para tentar aliviar o sentimento que fiquei após essa derrota, pior que frustração, sinto um misto de raiva com decepção, visto que não perdemos “na bola”, e sim por uma lesão do nosso principal jogador. Talvez eu leve tempo pra conseguir explicar o que aconteceu hoje na Philadelphia, por ora, direi que foi uma Tempestade Perfeita.