Mais que um braço

A natureza da posição de quarterback pode confundir muitos. De fato, aos olhos mais leigos, aquele cara que distribui uma bola oval protegido dentro de um pocket pode parecer um mero coadjuvante, que deve servir seus recebedores talentosos e atléticos.

Patrick Mahomes no último Super Bowl, entretanto, deixou explícito até para o espectador de primeira viagem como as intangíveis são o grande trunfo de um grande quarterback. Mahomes foi pro chão no segundo quarto quando tentou uma corrida que pareceu forçar seu tornozelo já injuriado, causando um clima de tensão no banco de Kansas City, que logo mandou Chad Henne pro aquecimento. 

Apesar do show da Rihanna ter animado o half-time da maioria das pessoas, ele com certeza não foi suficiente pra tirar a tensão dos torcedores dos Chiefs, que sentiam na pele o medo de perder seu principal jogador no meio do jogo mais importante do ano.

O intervalo acabou, e ele voltou. Na base do amor e resiliência, Mahomes jogou a metade final do jogo com maestria, e ficou marcado na história da NFL após correr as 16 jardas necessárias pra posicionar seu kicker e ganhar o jogo, ignorando a dor que sentia.

O braço te faz bom. O coração te faz vencedor.