O último mês de fevereiro contou com o aniversário de 2 anos do Super Bowl 54, disputado entre Chiefs e 49ers. Apesar da vitória de Kansas City, uma história chamou atenção no lado de San Francisco, a do Quarterback Jimmy Garoppolo. O Signal ...
O último mês de fevereiro contou com o aniversário de 2 anos do Super Bowl 54, disputado entre Chiefs e 49ers. Apesar da vitória de Kansas City, uma história chamou atenção no lado de San Francisco, a do Quarterback Jimmy Garoppolo. O Signal Caller de Santa Clara foi o QB a chegar na final da NFL com o menor número de passes completos (em pós-temporada) da história. | ||
Esse fato só foi possível porque Jimmy tinha Kyle Shanahan como Head Coach, um mestre na arte de usar as ferramentas que vou listar nesse texto para fazer jogadores de talento discutível (ruins) virarem verdadeiros mini GOATs. | ||
"Run, Forrest, Run!" | ||
No melhor estilo Marty Schottenheimer, a equação aqui é simples: Se a bola está com o Running Back, o Quarterback não entrega o jogo. | ||
Ter um forte jogo terrestre deve ser a principal forma de vencer jogos sem um grande QB, ele é a engrenagem principal, que potencializa todas as outras estratégias aqui listadas. | ||
Apesar de eficaz, esse método pode ser muito problemático, principalmente se seu jogo corrido for predicado em um só homem. Isso acontece pelo alto risco de lesão que RBs com muitas carregadas têm, por isso um Comitê de Running Backs é muito bem-vindo em casos como esse. | ||
Um caso recente e bem característico do Runninbackcentrismo é o do Tennessee Titans, que tem como astro do seu ataque o RB Derrick Henry, enquanto o QB Ryan Tannehill é mero coadjuvante. Apesar da certa incompetência de seu QB e algumas lesões de Henry, a franquia de Nashville tem conseguido alçar voos altos com certa consistência. | ||
West Coast Offense | ||
É verdade que o idealizador desse sistema, Bill Walsh, não teve que usá-lo com nenhum Quarterback fraco. Muito pelo contrário, o HC foi multicampeão rodando a West Coast com dois QBs Hall da Fama, Joe Montana e Steve Young. Isso não faz, por outro lado, com que esse ataque não possa ser usado com QBs abaixo da média, sendo na verdade uma máquina de fazer QB ruim ter números bons. | ||
A West Coast Offense consiste, primariamente, em substituir passes longos por passes curtos com muitas jardas após a recepção, isto é, as jardas vem da corrida do recebedor, e não do passe do QB. Esse sistema, aliado com recebedores qualificados, faz a vida do Quarterback muito tranquila, e o coloca em situações muito favoráveis. | ||
Defesa que rouba a bola | ||
É claro que uma defesa boa vai sempre ser muito bem vinda, mas em casos de incompetência "under center", se torna necessária. | ||
Ter uma defesa que consegue forçar turnovers e colocar seu ataque em campo curto é meio caminho andado para maquiar os problemas do seu jogo aéreo, uma vez que, além de ser mais fácil para chegar a endzone, faz seu QB de qualidade duvidosa tocar menos na bola. | ||
Play Action | ||
Por último, mas não menos importante, temos o Play Action. Jogada que vem tomando a NFL de assalto, principalmente por times que rodam a West Coast Offense. | ||
O Play Action consiste em fingir entregar a bola ao Running Back mas, ao invés disso, manter a bola com o Quarterback e tentar jardas pelo ar. | ||
O PA é muito eficaz pela dúvida que é criada na defesa, faz os DBs titubearem e deixa, muitas vezes, recebedores livres e prontos pra ganhar um caminhão de jardas. | ||
Se utlizado na frequência correta (20-25% dos snaps) pode fazer um estrago enorme, e criar estatísticas incríveis pra QBs abaixo da média. | ||