5 minutos e algumas lições das startups
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5 minutos e algumas lições das startups

Luiz Gomes
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Diferenças estratégicas entre startups e empresas não digitais

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Não sei você, mas eu entendo que as startups podem influenciar empresas cujo produto não tem natureza digital. Isso não significa que essas empresas deve copiar o modelo das startups - inclusive já vi muita gente vendendo isso como algo possível -, mas há bases conceituais que podem servir como provocação na melhoria dos processos internos.

Hoje eu trouxe uma análise cruzada entre startups e empresas não digitais sobre os comportamentos padrão para captura de clientes e entrega de produtos. A ideia é identificar quais lições das startups são, de fato, válidas.

Comportamento das empresas não digitais

É comum que as empresas sejam influenciadas por tendências externas de mercado e, com uma operação baseada [essencialmente] nas competências e experiências internas, executem estratégias de busca pelo melhor mercado para, então, entregar os benefícios dos seus produtos já formatados.

Um processo de adequação lento, onde os testes são feitos com produtos completos ou com uma portfólio extenso. Portanto, para evitar altos riscos há uma demanda de planejamento e controle intensos, tornando o ambiente rígido frente às adaptações e rápidas mudanças.

As características comuns nesses cenários são:

  1. Gestão e processos rígidos para controlar "segurar" as etapas do trabalho;
  2. Busca por especialização interna frente às demandas observadas no mercado;
  3. Priorizar as estratégias de venda e crescimento para produtos já concebidos.

Comportamento das startups

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Quem olha uma startup de fora pode entender que os ambientes de trabalho são bagunçados e descoordenados. Se a análise for de alguém com mentalidade construída sobre estruturas não digitais o impacto cultural é enorme.

Mas, o que fundamenta o ambiente das startups é uma mentalidade voltada à redução das incertezas e, com isso, chegar em um produto cuja forma e funções se adequam perfeitamente às demandas do mercado alvo.

Por isso que as startups, antes de entregar um produto de partida, fazem a tarefa de casa para entender o problema a ser resolvido com clareza e alguma profundidade. Nesse caso, até chegar no produto as startups já têm visão sobre o mercado alvo, o contexto problemático e o problema central.

Iniciando, assim, uma jornada de testes sobre protótipos da solução até ter visão sobre qual o mínimo a ser construído para atuar pontualmente no problema central - uma releitura da regra de Pareto -. Isso acontece pela, quase sempre, escassez de recursos para o desenvolvimento de "produtos completos".

As características comuns no cenário das startups são:

  1. Imergir no problema antes de desenvolver as soluções;
  2. Testar possibilidades de solução em busca da melhor adequação do produto no mercado;
  3. Ter foco total no produto mínimo, uma vez que ele é construídos para resolver o problema central.

O que as startups, então, podem ensinar às empresas não digitais?

Algumas atitudes das startups podem ser consideradas pelas empresas digitais. Novamente, a ideia aqui não é listar artifícios das startups para transferir alguns comportamentos e atitudes - até porque isso poderia matar rapidamente as não digitais -.

As startups podem, enfim, influenciar as não digitais com:

  1. Entenda suas clientes, mais que categoriza-las saiba como elas se comportam e o que as motivam a resolver o problema central;
  2. Identifique os bens ou serviços que causam maior impacto no mercado, foca primeiro neles para, dai, aumentar o portfólio;
  3. Traga as clientes para próximo do desenvolvimento e da tomada de decisão, mostre que você está entregando valor para elas.
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Fez sentido?

Vamos conversar mais sobre como startups podem influenciar as empresas não digitais. Me manda mensagem com sua pergunta no meu canal do Telegram ou no Instagram, vai ser um prazer tirar sua dúvida!