O que são as squads do Spotify?
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O que são as squads do Spotify?

Luiz Gomes
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Há alguns anos o Spotify resolveu compartilhar como estrutura seu time de trabalho, o modelo de squads rapidamente se tornaram uma referência em diversas startups...

O que não fica claro é como times menores podem tirar alguma vantagem dessa proposta. Será que startups com poucas pessoas (geralmente um squad) conseguem criar estruturas baseadas no modelo do Spotify?

Segundo o modelo há uma distribuição das pessoas em camadas e/ou conjuntos pensados para aumentar o foco nas áreas e atividades críticas além de estabelecer uma boa conexão entre talentos.

A estrutura completa proposta tem 7 categorias, mas para o ponto que quero abordar aqui darei ênfase em 4 dessas categorias:

  1. Os squads, estruturas baseadas nos times do Scrum com perfis multidisciplinares, capazes de assumir responsabilidades sobre áreas fundamentais do produto ou do negócio. Essas estruturas são autogerenciáveis e definem as estratégias da micro gestão, geralmente utilizando métodos ágeis como base metodológica;
  2. As tribos, combinações de squads ligados por objetivos estratégicos do negócio, idealmente liderados por quem consiga ter uma visão macro do negócio;
  3. Os capítulos, conjuntos de talentos de mesmo perfil (p. ex.: designers) pensados para um melhor e mais rápido desenvolvimento profissional, geralmente o especialista mais experiente assume como líder do capítulo;
  4. As associações, grupos de se formam, passando por cima dos squads para resolver questões (quase sempre) emergenciais que podem colocar o negócio em risco.

O que pode ser feito nas startups que tem a estrutura de um squad?

Imagine startups com 3 fundadoras, uma desenvolvedora, uma focada nas estruturas de negócio e uma terceira com conhecimento de design, esse é (talvez) o time ideal para o início da jornada, então vamos considera-lo um squad.

Por outro lado, há um estímulo para que startups na mesma cidade criem conexões entre si como uma comunidade aberta para trocar experiências.

Nas comunidades podemos montar uma estrutura complexa pensando no desenvolvimento coletivo dos negócios, portanto as tribos serão as comunidades de startups conectadas.

Mais que encontro de CEOs para discutir aspectos estratégicos do negócios, os talentos de mesmo perfil podem criar capítulos em ambientes que suportem momentos de discussão sobre aspectos que fazem parte das suas especialidades.

Do compartilhamento de conteúdos relevantes até a execução de workshops para capacitar os talentos menos experientes.

Por fim, tem algo que acontece muito pouco nas comunidades de startup, as associações. Não é comum ver combinações de squads montadas para a resolução de um problema de uma delas.

O poder das associações nas comunidades

Ao longo da jornada das startups há momentos críticos que demandam implementações e testes rápidos.

Agora imagina juntar alguns talentos locais para, juntas, rodarem imersões de curta duração (como os hackathons) para achar potenciais soluções?

Modelos de processos de construção rápida baseados em imersões intensas, como o Startup Weekend, são amplamente conhecidos. Então por que não adapta-los como modelos de associações com talentos capazes de entender o problema, implementar soluções e testa-las rapidamente?

Te deixo um desafio, identifica na tua comunidade algumas startups com times pequenos e traz essa proposta de resolução de problemas emergenciais, além de promover o desenvolvimento coletivo dos negócios, trará mais experiência aos talentos participantes, uma vez que estão se desafiando em cenários desconhecidos.