Tem 5 minutos pra mim?
208
0

Tem 5 minutos pra mim?

Luiz Gomes
0 min
208
0

Empreender uma startup não é pilotar um foguete...

Email image

Você ja ouviu alguém dizer que as startups ameaçam as empresas tradicionais?

Já tive startup e hoje sou diretor de uma corporação de capital aberto e posso dizer que não... as startups não ameaçam as empresas tradicionais, elas colocam à provas os modelos tradicionais de negócio, onde as corporações estão... e qual a diferença?

As startups são empresas que atuam nos chamados ambientes complexos, ou seja, ambientes onde há conhecimento do problema, contudo uma solução efetiva só será descoberta a medida que houver uma operação ativa... essa busca por soluções viáveis para problemas visíveis, chamamos de jornada.

Toda empreendedora, quando lança sua primeira startup acredita que a partir dali o processo será uma crescente... que entenderá bem do problema foco, construirá um MVP perfeito para validar suas hipóteses e que terá um dos produtos mais desejados do mercado. Agora vamos voltar ao mundo real? Isso não vai acontecer, pelo menos não como uma crescente contínua!

Email image

Podemos dividir essa jornada em seis grandes sentimentos, sentimentos que podem (e vão) aparecer mais de uma vez ao longo do desenvolvimento do negócio e, se entendidos, darão equilíbrio nas rotinas empreendedoras, são eles:

  • A euforia do início, quando você acredita que nada vai parar sua startup... essa euforia, se revisitada pode ser uma boa fonte de motivação;
  • A vida real, quando há percepção que a jornada não será só encantos empreendedores... a vida real deve ser o estado presente mais tempo na vida das empreendedoras;
  • O desespero, quando você acha que está sem chão e sem saída, esse é o momento que você questiona tudo que está sendo feito... esse sentimento é pontual e machuca, mas nos faz sair mais do nosso ambiente de conforto;
  • As pequenas vitórias, quando dificuldades são superadas e você entende ser capaz de manter o negócio ativo... as pequenas vitórias precisam ser apreciadas, elas tendem a renovar a motivação;
  • Os pontos de virada, quando marcos são alcançados e o negócio pode ser projetado para um novo nível... quem define esses pontos são as empreendedoras, seja a captação da primeira cliente ou a entrada em um programa de aceleração, o importante é ver que o negócio vai pular de nível;
  • A maturidade para enfrentar uma nova etapa do negócio, sabendo que os outros sentimentos aparecerão, só que agora você não é mais a empreendedora do nível anterior... amadurecer é calejar, é aprender que a jornada é dura, mas tem muito a nos ensinar.
Email image

A visão de jornada é como uma escalada, cada passo (seja ele rápido ou não) tem sua importância e será usado como base para o próximo... contudo, antes de fixar um passo temos algumas hipóteses (ou suposições) sobre onde colocar o pé... da mesma forma acontece no desenvolvimento de uma startup, é mais ou menos assim:

Email image
Email image

A Máquina Lean, sem bem executada, deixa claro quais hipóteses fazem sentido para o mercado e, com isso, qual o melhor caminho para entregar uma solução viável e resolver o problema identificado. Esse processo de pequenos ciclos gera uma sensação de aprendizado contínuo, fazendo da jornada um ponto importante na vida das empreendedoras.

Te pergunto, você tem usado bem essa Máquina? Seja sincera... não adianta criar cenários que façam sentido nas nossas cabeças, mas não reflitam o valor esperado para atender as demandas de mercado.