Efeito Molinete: já ouviu falar?
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Efeito Molinete: já ouviu falar?

Explicando a respeito do efeito molinete.

Maria Eduarda Vieira
2 min
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Se já ouviu ou não, pense em uma parte do corpo que possa ter relação, pensou?

Se foi o pé você está no caminho para a viagem de hoje, se não, não se preocupe, sente que vamos começar. 

O mecanismo/efeito molinete refere-se à dorsiflexão (quando dobra) o primeiro dedo do pé, conhecido também como hálux. Mas relaxa, essa é só uma parte. 

O efeito gerado é dinâmico, ou seja, tem movimento associado sob as estruturas localizadas na parte inferior do pé. A principal delas é a fáscia plantar (para localizar melhor, olhe a figura abaixo), não só ela faz parte desse dinamismo, como também, os ossos sesamóides, coxins plantares e outras estruturas que se fixam nas articulações metatarsofalangianas. 

Localização da Fáscia plantar (google imagens)
Localização da Fáscia plantar (google imagens)

Ou melhor, se conectam na região plantar do calcanhar, se estendem pela superfície plantar do pé (região da sola) e por baixo das cabeças dos metatarsos para se prender à base dos dedos. O pé é uma estrutura bem específica e com pequenos detalhes, fique tranquilo. 

Já deu pra ter uma ideia né, logo ao levantar qualquer um dos dedos do pé (em especial o dedão), a fáscia plantar é puxada e o arco do pé é levantado, fazendo com que o mecanismo molinete seja estimulado. Para ilustrar melhor, veja a imagem.

 Execução do movimento para o efeito molinete (google imagens)
 Execução do movimento para o efeito molinete (google imagens)

Como nem tudo são flores, quando não há o movimento correto para que o efeito surja, naturalmente vai ter uma disfunção, dentre os principais é possível mencionar a não realização da dorsiflexão na amplitude de movimento necessária, ou seja, se não houver o dedão dobrado corretamente, não há ativação do mecanismo do molinete. 

E ainda, em alguns casos quando a fáscia plantar está apresentando algum distúrbio, tende a gerar consequências pela ausência de apoio do pé durante os movimentos de caminhada, dificultando principalmente a fase propulsiva, quando os dedos estão apoiados no solo e o restante do pé não. 

Portanto, o efeito molinete é o cavalheiro dessa galera, pois tem como principal função desempenhar o papel de fazer com que o pé atue como um adaptador, absorva as forças de reação do solo e ainda como uma alavanca rígida para propulsão. É TRABALHO HEIN? 

Para quem quer aprofundar a leitura fica de sugestão: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18434670/ 

O doc é de 2008, mas traz diretrizes vigentes para a prática clínica não somente da fáscia plantar (que falaremos em outro momento), como também, do efeito molinete. 

Até nosso próximo encontro :)

Com carinho, Madu.

Corpo se movimentando (google imagens)
Corpo se movimentando (google imagens)