Ombro: a articulação que pode congelar.
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Ombro: a articulação que pode congelar.

Você sabia que o ombro é capaz de ficar estilo frozen? Sim, mas não no sentido literal de resfriamento e sim, de perda/ausência de movimento. Sente-se que até o final da leitura você irá entender a razão. 

Maria Eduarda Vieira
2 min
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Você sabia que o ombro é capaz de ficar estilo frozen? Sim, mas não no sentido literal de resfriamento e sim, de perda/ausência de movimento. Sente-se que até o final da leitura você irá entender a razão. 

O ombro congelado também conhecido como capsulite adesiva é uma modificação nas estruturas do ombro caracterizado pela perda progressiva de movimento, principalmente de rotação lateral (girar o braço para o lado) e abdução (abrir o braço).

Nas imagens a seguir é possível ver o movimento, respectivamente:

Fonte: google imagens
Fonte: google imagens
Fonte: google imagens
Fonte: google imagens

Existe uma lacuna sobre o surgimento dessa patologia e as associações com restrição de movimento e dor. Entretanto, sabe-se que é frequentemente relacionado a outras condições sistêmicas (como diabetes) ou por decorrência após períodos de imobilização, o que vai variar seus estágios

A razão pela qual acontece é devido uma fibrose do tecido fibroproliferativo (responsável pela cicatrização), em que os fibroblastos transformam-se em miofibroblastos, dos quais são acompanhados por inflamação, neoangiogênese e neoinervação, resultando em regiões fibróticas no ombro. Resumindo: o ombro devido a fibrose produz dor e as limitações de movimento. 

O diagnóstico é baseado em exame físico e nos movimentos, principalmente na redução da rotação lateral/externa dos movimentos do ombro e, em sua maior parte, na existência do encurtamento do músculo subescapular. 

Além de que, esse distúrbio vem acompanhado de 4 estágios: 

Estágio 1: até 3 meses

  1. Dor ao final do movimento 
  2. Redução mínima de amplitude de movimento 
  3. Dor durante a noite
  4. Manguito rotador sem alterações

Estágio 2: de 3 a 9 meses

  1. Fibrose presente
  2. Redução importante da amplitude de movimento por conta da dor
  3. Redução de amplitude de movimento devido a dor 
  4. Redução de amplitude de movimento mesmo com anestesia

Estágio 3: de 9 a 15 meses

  1. Redução da amplitude de movimento
  2. Presença de dor 
  3. Fibrose capsuloligamentar

Estágio 4: de 15 a 24 meses

  1. Dor começa a melhorar 
  2. Redução de amplitude de movimento permanece mesmo sob anestesia

Já deu para ter uma ideia né? Para quem quiser entender um pouco mais sobre a lesão e a fisioterapia indico a leitura desse artigo: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6708838/

Até nosso próximo encontro :)

Com carinho, Madu.

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