Ventosas: da história à prática
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Ventosas: da história à prática

Saiba o que são as ventosas, ou melhor, as "marcas" roxas que em um primeiro momento assustam, mas são mais antigas e usadas do que parece.

Maria Eduarda Vieira
3 min
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Vale conhecer a ventosaterapia?

Se vale ou não, até final dessa leitura eu te conto, mas vamos primeiro embarcar em uma história. Sente-se, vamos iniciar o trajeto. 

Tudo iniciou quando com a utilização de chifres de animais ocos foram usados para drenar toxinas de picadas de cobras e pústulas da pele (para ter noção os primeiros registro ocorreram no Egito em meados de 1550 a.C.). Assim, houve uma evolução (por assim dizer) para copos de bambu, que foram eventualmente substituídos por vidro (aqui os chineses vieram com tudo rsrs). Naturalmente, as aplicações devolveram-se de maneira na qual hoje, encontramos em outros materiais como o acrílico.

Ventosa em acrílico (google imagens)
Ventosa em acrílico (google imagens)

Atualmente a terapia pode ser compreendida como a aplicação de um recipiente de vidro ou acrílico sobre a pele, a partir do qual o ar pode ser esgotado pelo calor ou por um aparelho de sucção especial. Diferente né?

Todavia, independente de como iniciou e a maneira que está sendo empregada hoje, um elemento comum entre os anos que dividem a forma de aplicação, é a extração de substâncias tóxicas. O processo acontece por meio da liberação do sangue (tóxico) de pequenos vasos superficiais localizada nos músculos. Deste modo, é representada como um método que auxilia na remoção do sangue (não necessário para o organismo) reduzindo a congestão na área onde os copos foram aplicado. Ainda, sua utilização no presente é pautada sobretudo para o tratamento de dores e distúrbios musculares.

Por se tratar de uma terapia milenar e que ainda vem sendo estudada possui controvérsias quanto a prática para a "cura" de doenças clínicas e cirúrgicas, mesmo que, tenha sido um recurso importante dos métodos terapêuticos eficazes nos tempos antigos.

Em um contexto mais atual e que impulsionou a utilização foi com o atleta de natação Michael Phelps durante os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Além dele, outras celebridades já exibiram as "marquinhas". Confira nas imagens a seguir: 

Michael Phelps nanador americano (google imagens)
Michael Phelps nanador americano (google imagens)
Justin Bieber cantor canadense (google imagens)
Justin Bieber cantor canadense (google imagens)
Gwyneth Paltrow atriz norte-americana (google imagens)
Gwyneth Paltrow atriz norte-americana (google imagens)

Se vale ou não, são necessários mais estudos com dados baseados em evidências que apoiem sua eficácia e constate sua finalidade e o efeito por trás, seja ele benéfico ou placebo. Todavia, existe um ditado tradicional chinês 28 d.C: “Acupuntura e ventosas … mais da metade dos males curados.” Será? rsrs. Deixo assim, uma lacuna para o surgimento de novos materiais que possam esclarecer com rigor e qualidade a eficácia nas mais diversas condições e patologias retratando assim essa terapia milenar.

Aliás, para os mais curiosos de plantão, aproveito para deixar um artigo que conta um pouco não apenas sobre o contexto histórico da ventosaterapia como também de sua aplicabilidade clínica. 

https://www.researchgate.net/publication/322700345_History_of_cupping_Hijama_a_narrative_review_of_literature

Até nosso próximo encontro:)

Com carinho, Madu.