A RECIPROCIDADE DE DEUS
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A RECIPROCIDADE DE DEUS

Minha imaturidade cristã não tinha, até a leitura da obra do Pr. @Lucianosubira1, entendeu que o princípio da reciprocidade é uma lei das escrituras sagradas utilizadas em diversas passagens do velho e do novo testamento.

Manoel Veríssimo Ferreira Neto
5 min
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Minha imaturidade cristã não tinha, até a leitura da obra do Pr. @Lucianosubira1, entendeu que o princípio da reciprocidade é uma lei das escrituras sagradas utilizadas em diversas passagens do velho e do novo testamento.

Enquanto formado em direito e advogado por profissão, não fui capaz de atrelar tal princípio (reciprocidade) usado por nos aplicadores do direito, como uma lei de Deus.

A lei da reciprocidade aceita uma troca: "o que se dá ou faz em recompensa de coisa equivalente; mútua". "Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós outros (Tg 4.8)

"O todo poderoso não tem necessidade alguma. Ele não precisa que o busquemos. Tampouco precisa que cheguemos ao ponto de buscá-lo até que nada mais importe. Deus é perfeito, completo e absoluto em tudo. Não tem falta ou necessidade alguma" ( pág. 44)

AW Tozer tem uma frase célebre que diz: "Se você possui alguma coisa que Deus não pode ter, você nunca terá um avivamento". OU seja, você nunca terá tudo de Deus enquanto Deus não terá tudo de você.

Essa reciprocidade com Deus não anula sua autoridade e não impôs a Ele uma dever com nós homens, não é isso. Essa objeção deve ser rejeitada. Deus está no controle sempre. A aplicação do princípio da reciprocidade trabalhada pelo autor em sua obra "Até que nada mais importa" deve ser aplicada na intensidade do nosso relacionamento com Deus e na dimensão das nossas conquistas Nele, ainda que não afete o seu plano e propósito para a nossa vida.

A nossa atitude para com Ele determinou a influência dele para nós. "Honrarei aqueles que me honram, mas aqueles que me desprezam serão tratados com respeito". (1Sm 2.30). Somos nós que conversamos seremos honrados ou desprezados por Deus.

"Então veio o Espírito de Deus sobre Azarias, filho de Odede. E saiu ao encontro de Asa, e disse-lhe: Ouvi-me, Asa, e todo o Judá e Benjamim: O Senhor está convosco, enquanto vós estais com ele, e , se o buscardes, o achareis, porém, se o deixardes, vos deixará.(2 Cr 15:1,2).

Deus anunciou a Azarias que enquanto aquele povo o buscasse, Ele estaria com o povo, porém se o deixassem também não o encontrariam mais. Vejamos que o Pr. Luciano anota que a reciprocidade, em si mesma, não é boa nem ruim.

Para a ciência do Direito, 0 princípio de reciprocidade consiste em permitir a aplicação de efeitos jurídicos em certas relações de Direito, quando esses mesmos efeitos são igualmente aceitos por países estrangeiros. Segundo o Direito Internacional, a reciprocidade implica o direito de igualdade e de respeito mútuo entre os Estados. 

A reciprocidade então é simplesmente a aplicação de uma das leis da física: tudo que vai voltar (terceira lei de Isaac Newton). É a força é resultado da interação entre os corpos, ou seja, um corpo produz a força e outro corpo recebe-a.

Se tratarmos Deus com honra e entrega, seremos tratados com honra e intervenção. Essa é outra verdade incontestável que se extrai do livro de 2 Crônicas:

"Naquele mesmo tempo veio Hanani, o vidente, a Asa, rei de Judá, e disse-lhe: Por enquanto confiaste no rei da Síria, e não confiaste no Senhor teu Deus, por isso o exército do rei da Síria escapou da tua mão Não foram os etíopes e os líbios um grande exército, com muitíssimos carros e cavaleiros? Confiando tu, porém, no Senhor, ele os entregou nas tuas mãos. Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com ele; nisto, pois, procedeste loucamente porque desde agora haverá guerras contra ti." (2Cr 16.7-9).

O rei de Judá já tinha experimentado a fidelidade de Deus, no entanto, mesmo advertido, entendeu em confiar no homem, o que lhe rendeu uma amarga derrota. Isso não quero dizer que seria responsabilidade de Deus o resultado da batalha, mas por ter Asa confiado no rei da Síria. O rei foi anunciado de suas escolhas e estava apenas colhendo os resultados de suas atitudes.

Outro texto bíblico que revela que somos reflexos de nossas atitudes é Salmos 18. 25,26: "Com o benigno te mostrarás benigno; e com o homem sincero te mostrarás sincero; Com o puro te mostrarás puro; e com o perverso te mostrarás indomáveis."

O autor deixa claro ainda que Deus não faz acepção de pessoas, mas concorda que há sim uma distinção e tratamento privilegiado aqueles que o buscam com intensidade. Ou seja: acepção de atitudes. Um outro princípio muito usado no direito: o da igualdade.

O princípio constitucional da igualdade garantido que as pessoas colocadas em situações diferentes sejam tratadas de forma desigual: “Dar tratamento isonômico às partes significa tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades”.

Diversos versículos bíblicos confirmam esse agir de Deus, à exemplo de Gênesis 4.7: O Senhor se agradou de Abel (e da sua oferta), mas não se arranjo de Caim (ea sua oferta) e "Lembrem -se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente. Cada um dê conforme determinado em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria". (2Co 9:6,7).

Ora, não sejamos hipócritas, Deus ama a todos, mas intensidade da nossa busca determinará o nosso nível de reciprocidade. As minhas atitudes não mudam quem Deus é, mas definem o nível de acesso ao Todo poderoso.

Há sim mutualidade no comportamento divino. A infidelidade que leva o homem a negar a Deus gerará uma reciprocidade de negação por parte de Deus para com o homem: isso é reciprocidade. A diferença é que o comportamento humano está expressando quem o homem é, enquanto a reação divina não está expressando que Deus é; isso é identidade.

"Se o negamos, Ele, por sua vez, nos negará (2Tm 2.12). 

Deus abençoe e bom final de sema

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