A História da Camisa da Seleção Brasileira
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A História da Camisa da Seleção Brasileira

Aproveitando o gancho de que assunto do momento é a derrota do Brasil, vim dar uma reaquecida no amor pela seleção. É claro que essa não é uma tarefa fácil, afinal, nenhuma outra camisa no planeta carrega cinco títulos mundiais.

Maria Clara Rocholi
3 min
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Aproveitando o gancho de que assunto do momento é a derrota do Brasil, hoje, vim aqui dar uma reaquecida no amor pela Seleção. É claro que essa não é uma tarefa fácil, afinal, nenhuma outra camisa no planeta carrega cinco títulos mundiais. No entanto, a história do manto mais amado e odiado do país não poderia ser deixada de lado. Vem comigo!

Muito se engana quem pensa que o verde e amarelo sempre estampou o peito dos jogadores. Na realidade, em 1914, após oito associações se reuniram para a criação da Federação Brasileira de Sports, o Brasil entrou em campo vestindo um uniforme todo branco, com uma listra azul em cada manga. Nessa primeira partida da história, a equipe saiu vitoriosa, por 2 a 0, contra Exeter City, da Inglaterra.

Após dois anos, em 1916, a FBS deu lugar à CBD (Confederação Brasileira de Desportos), que impôs leves mudanças nos anos que se seguiram. Logo no Sul-Americano de 1916, o time trajava um calção branco e uma camisa listrada auriverde. Já em 1917 e 1918, para partidas contra uruguaios e argentinos, foram inseridas duas faixas centrais também em verde e amarelo.

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Em uma exceção, ainda no ano de 1917, foi adotada uma veste vermelha para jogos contra o Chile e Uruguai, que, igualmente, usavam branco. Já em 1919, com a vitória na Copa América - que ainda era conhecida como Campeonato Sul-Americano - a camisa branca e azul com cordinhas na gola entrou para a história, sendo usada nos 15 anos que se seguiram, com pouquíssimas alterações.

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A partir de 1920, o padrão europeu bicolor foi incluído na equipe: além da blusa branca, a bermuda era em azul. Esse modelo foi levado inclusive para as copas do mundo, na primeira, em 1930, e nas duas seguintes, em 1934 e 1938. Nessa última, um fato curioso marcou o jogo contra a Polônia, que também vestia branco. Como o Brasil foi o encarregado de trocar a veste, foi a primeira vez que a Seleção aderiu à cor azul, mas, na ocasião, por falta de tempo hábil, não tinha o escudo da CBD.

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A base bicolor foi mantida até 1950, quando o branco e azul saiu de cena após a derrota para o Uruguai em pleno Maracanã. O novo uniforme foi definido por um concurso promovido pelo jornal carioca Correio da Manhã, no ano de 1952. O vencedor foi o gaúcho Aldyr Garcia Schlle, de 19 anos, que sugeriu a camisa amarelo-ouro com frisos verdes nas golas e punhos e um calção azul-cobalto com uma listra branca. 

Assim, nascia o manto que mudaria a trajetória da Seleção. Depois de estrear nos Jogos Olímpicos de 1952, o novo modelo teve seu primeiro grande momento na Copa do Mundo de 1958, quando o Brasil saiu vitorioso e trouxe a taça para casa - apesar de a final ter sido jogada com de azul. A partir daí, o amarelo foi o responsável pelas conquistas seguintes, culminando no penta, em 2002.

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Nas décadas posteriores, os ajustes na roupa foram quase imperceptíveis, sendo o mais significativo na década de 90, quando o fornecimento ficou a cargo da empresa inglesa Umbro. No período entre 1991 e 1994, foram aderidos desenhos às camisas, que são tidas como as mais bonitas da história. Mas, tudo mudou com a entrada da Nike, em 1997, com a produção das mais diferentes (e questionáveis) criações.

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Logo em 2004, o uniforme das "bolas de sinuca" foi implementado. Já no ano de 2011,  a aposta foi a blusa amarela com uma grosseira lista central. Finalmente, para coroar a sequência de desastres, a camisa de 2014 tinha tudo para ser querida, mas ficou manchada com a derrota histórica para a Alemanha por 7 - 1.

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A sucessora, lançada em 2016, deixou ótimas impressões, já que conquistou o ouro nas Olimpíadas, sediadas em território nacional, no Rio de Janeiro. Enquanto isso, apesar de o clássico modelo apresentado para o mundial de 2018 ter fomentado a esperança do hexacampeonato, a tão sonhada taça ficou para trás quando o Brasil foi eliminado nas quartas de final pela  Bélgica.

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Por fim, a nova camisa apresentada para 2020 e 2021, foi mais uma vez assinada pela Nike e homenageia os 50 anos do título de 1970. Ela ainda mantém o amarelo como destaque, mas agora, os detalhes em verde na gola e nas mangas também chamam bastante a atenção.

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Bem, o texto de hoje abordou um ramo da moda que estava faltando ser explorado aqui. Espero que tenham gostado! Ah, e não se esqueça de comentar lá no meu Instagram (@cacarocholi) o que achou. Te vejo no próximo domingo!