A coleção de roupas da Ferrari
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A coleção de roupas da Ferrari

É isso mesmo que você leu. Da Fórmula 1 para as passarelas, a Ferrari desfilou, nessa semana, a sua primeiríssima coleção de roupas, sem estação definida e idealizada por Rocco Iannone.

Maria Clara Rocholi
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É isso mesmo que você leu. Da Fórmula 1 para as passarelas, a Ferrari desfilou, nessa semana, a sua primeiríssima coleção de roupas, sem estação definida e idealizada por Rocco Iannone - veterano na Giorgio Armani e Dolce & Gabbana - que agora ocupa direção criativa.

A ideia é aproveitar o desejo que a marca carrega canalizando-o na venda de itens mais acessíveis: alguém que admira mas não tem condições de comprar o carro, poderá vestir uma peça que leva o nome e o status da Ferrari.

Nesse sentido, em uma pegada futurista trazida pelos tecidos impermeáveis em fibra de carbono, jacquards, lã e organza de nylon, Iannone optou por fugir do tradicionalismo em uma mistura de alfaiataria e streetwear. Assim, os designs foram pensados trazendo um ar de jovialidade para o público-alvo, a geração Z.

<i>Imagem/Reprodução</i>
Imagem/Reprodução

A coleção ouviu as preces da juventude de forma ainda mais enfática quando trouxe roupas unissex e uma ampla grade de tamanhos. Vale ressaltar, também, as silhuetas volumosas, a estamparia recheada de logotipos e os casacos grossos, que reforçam essa contemporaneidade - sem falar que me lembrou bastante o Demna Gvasalia, da Balenciaga e o Virgil Abloh, da Off-White.    

Outra estética que esteve bem presente foi a do automotivo. O desfile tomou lugar no interior da fábrica da Ferrari em Maranello, na Itália. Os modelos desfilaram pela linha de produção usando luvas de couro e detalhes emborrachados, de forma a inserir o estilo de vida da corrida na moda, numa escala nunca vista antes.

<i>Imagem/Reprodução</i>
Imagem/Reprodução

Junto com essa apresentação, foram revelados a reabertura do Cavallino, restaurante que servia de cantina para a equipe da montadora, juntamente com a inaugurações de novas lojas planejadas em Milão, Dubai, Los Angeles e Miami nos próximos dois anos.

Toda esta brincadeira requer uma enorme mobilização de capital: dezenas de milhões de euros. No entanto, a pergunta que fica é: será que os consumidores vão abandonar as grifes consolidadas da indústria têxtil pela oferta de uma empresa automobilística a ponto de fazer valer tamanho investimento?

<i>Imagem/Reprodução</i>
Imagem/Reprodução

A Ferrari quer defender a excelência italiana e o melhor da criatividade do nosso país. O desfile de hoje em nossa fábrica e as inaugurações da loja da Ferrari e do restaurante Cavallino em Maranello são sinais de uma Itália forte e otimista, pronta para crescer e se renovar.


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