A história do Rosa Choque

Antes do metalizado ganhar força e o milennial pink dominar o cenário a partir de 2010, um tom particular de rosa choque foi a cor da alta-costura no final dos anos 30 e 40, graças a ninguém mais, ninguém menos que Elsa Schiaparelli. Antes dela, o rosa era utilizado com moderação por anos, e em tons bem menos chamativos. Quer descobrir mais? Vem comigo!

No século XVIII, tons sutis da cor foram popularizados tanto nas artes, quanto por membros da corte. O uso do rosa simbolizava a juventude e o romance em obras do Rococó. Ao mesmo tempo, na realeza, a amante do rei Luis XV, Madame de Pompadour, ordenou a criação da sua própria cor, o Rosa Pompadour, e frequentemente desfilava com seus suntuosos vestidos tingidos na coloração.

Já no século XIX, o rosa passou a ter uma conotação masculina: como o branco era utilizado em bebês, e o vermelho, por homens no exército, a tonalidade simbolizava a transição entre essas duas fases. Com a representação artística de jovens delicadas e meigas, o rosa se tornou, gradualmente, um símbolo dessas características. Mais especificamente, o pêssego e o pastel foram associados ao estilo feminino. E então veio Elsa Schiaparelli.

A estilista abraçou todo o vibrantismo do  arco-íris, mas a cor que mais a chamou a atenção foi um magenta brilhante. Em 1937, Elsa criou um tom tão chamativo que o nomeou "schocking". Ainda no mesmo ano, a cor foi escolhida para estampar a embalagem do mais novo perfume da casa, que levava o mesmo nome.

A adoção de um espectro alegre foi a forma que ela achou para se desligar dos conflitos e  encontrar uma fonte de inspiração. Com a paleta sóbria do período entre guerras, seus designs coloridos se destacaram nas passarelas e trouxeram grande notoriedade à grife. A cor se tornou uma marca da Schiaparelli e até hoje é vista nas mais diferentes coleções. 

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