A moda de cada década: 1940 e 1950

No post da última quarta, falamos sobre a moda dos anos 20 e 30. Descubra hoje o que aconteceu nesse meio ao longo das décadas de 1940 e 1950. Vem comigo!

1940

A guerra, que ocorria desde 1939, motivava o ingresso da mulher no mercado de trabalho para suprir a ausência dos homens, que estavam no front. A necessidade de roupas práticas, que facilitassem o trabalho nas indústrias e no campo, possibilitava que as calças ganhassem cada vez mais espaço no armário feminino.

Em geral, o vestuário se simplificava, os tecidos sofisticados eram substituídos por alternativas mais baratas e a escassez de matéria motivava a confecção caseira de roupas versáteis e minimalistas. Nesse sentido, a inspiração dos estilistas vinha de trajes camponeses e, levemente, do período medieval.

As modelagens se apropriavam de ombros arredondados, mangas largas, corpetes e cinturas marcadas. Além disso, as saias retas com pregas invertidas traziam um aspecto romântico, sem muita sofisticação, para o visual. Já nos acessórios, os chapéus maiores davam lugar a tamanhos menores e os lenços e turbantes predominavam no cenário.

Ao fim da década, em 1947, Christian Dior inaugurava o famoso "New Look",  composto por uma saia rodada, na qual a altura do chão até o joelho deveria ser igual a 40cm. O modelo exigia o uso de grandes quantidades de tecido, o que não era bem visto em um contexto pós-guerra. No entanto, ainda assim, ele foi bem recebido e se tornou o desejo das donas de casa.

No guarda-roupa masculino, os suéteres eram a peça mais usada em eventos informais. Nas situações formais, os paletós estreitos caíam em desuso e os ternos alongados, acompanhados de calças largas de cintura alta, eram os mais vistos. 

Dentre os maiores nomes dos anos 40 estavam: Jacques Fath, Nina Ricci,  Marcel Rochas, Alix Grès, Charles James e Christian Dior.

1950

Conhecidos como a década de ouro da Alta-Costura, os anos 50 revolucionavam o vestuário: cores e volumes tomavam conta. As saias com anáguas, as estampas abstratas, em xadrez, florais e listras chamavam atenção e o estilo boneca retornava a alta. 

Com o fim da guerra,  o "new look", introduzido por Dior, ganhava mais destaque agora, e o luxo e a extravagância voltavam ao cenário. Dessa forma, os corselet mais estruturados traziam a elegância e o conforto que o contexto buscava. Ao mesmo tempo, a modelagem sereia e as saias no estilo plissado e godê se tornavam a tendência do momento.

Em relação aos acessórios, o lema era "quanto mais melhor". Meias-calças, luvas, chapéus, óculos escuro, colares e cintos - para marcar a cintura - dominavam, não só as passarelas, como também a moda nas rua.

A indústria têxtil masculina, por sua vez,  era marcada pela lã, pela flanela, pelo algodão, pelo tweed e pela padronagem em xadrez. As roupas sóbrias, os cardigans, no lugar dos coletes, e as calças estreitas e curtas invadiam o inverno. Já no verão, cores chamativas, bermudas e meias eram os mais vistos. 

Grandes estilistas da época eram: Guccio Gucci, Cristóbal Balenciaga, Pierre Balmain, Hubert de Givenchy, Coco Chanel e, claro, Christian Dior.

Obrigada por chegar até aqui! Inscreva seu e-mail na opção "seja membro", me siga no Instagram (@cacarocholi) e ative as notificações para ficar por dentro da moda de cada década.