Continuando a nossa série, hoje falaremos sobre a moda de 1960 e 1970. Vem comigo!
Já falamos aqui na newsletter sobre as décadas de 1920, 1930, 1940 e 1950. Continuando a nossa série, hoje falaremos sobre 1960 e 1970. Vem comigo! | ||
1960 | ||
Na década do sucesso do rock and roll, a moda não poderia ficar de fora da influência. Para acompanhar o estilo musical dos grandes cantores e bandas da época, as principais tendências se modificavam. Mas nem só de jaqueta de couro, jeans e botas estamos falando. | ||
Ao som de Beatles e Elvis Presley, os jovens do babyboom pós-guerra fizeram dos anos 60 uma marca no universo da moda. O dresscode se ajustava à rebeldia e proporcionava mais liberdade de escolha às mulheres. Pela primeira vez, as roupas se ligavam a atitude e ao comportamento. | ||
As peças consideradas "masculinas" eram incorporadas ao guarda-roupa feminino, como as calças compridas, em um estilo unissex. As saias abaixo do joelho davam lugar às minissaias, criadas pela estilista inglesa Mary Quant. As pernas à mostra eram normalmente acompanhadas por estampas de poá, psicodélicas e florais dominavam o cenário. | ||
Os vestidos tubinhos - curtos e em linha reta - , criados por André Courrèges e Saint Laurent, eram vistos por toda parte, acompanhados pelas botas brancas, que fazem sucesso ainda nos dias atuais. Os biquínis, também foram popularizados, especialmente os com calcinhas hot pants e tops sem alça. | ||
Nos Estados Unidos, os terninhos e saias bem cortados da primeira-dama Jackie Kennedy, junto ao seus chapéus pillbox e maxi óculos escuros, faziam muito sucesso. Já na Europa, símbolos fashionistas, como Catherine Deneuve e Brigitte Bardot, eram a referência de sofisticação, representando toda a jovialidade da década de ouro. | ||
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Dentre os principais estilistas da década, estavam: Yves Saint Laurent, Anne Klein, Jean Bousquet Cacharel, Dener Pamplona Abreu, Mary Quant e André Courrèges. | ||
1970 | ||
Graças ao festival de música Woodstock, de 1969, o movimento hippie ganhava força. O lema era gastar pouco! A iconografia psicodélica das drogas, da música e da cultura do evento modificavam a moda na década com roupas vintage, com a estampa tye-dye, e com bijuterias feitas a partir de miçangas. Parece até que estou falando de 2021 né? | ||
Grandes estilistas até tentaram abraçar o sucesso do estilo, mas o mantra "faça você mesmo" dominava o mundo. O espírito comercial só conseguiu conquistar a cultura hippie ao final da década, principalmente devido ao crescimento do mercado jeans e da moda esportiva. | ||
Mas essa não era a única estética que comandava os anos 70. O punk, impulsionado pela designer Vivienne Westwood, surgia com suas calças rasgadas, spikes, jaquetas de couro e cabelos com cortes diferenciados. De caráter social, pregava a anarquia como máxima e se alastrava pelo globo. | ||
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Já o Glam Rock, ditado por David Bowie, questionava a existência de limites nas roupas, sendo o pioneiro na extinção de barreiras de gênero. Nesse sentido, o artista incorporava maquiagem, glitter, texturas, neon e botas de plataforma ao estereótipo masculino. Havia ali uma necessidade de chocar outras gerações, em um discurso de liberdade criativa e sexual. | ||
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Por fim, havia ainda o Disco, corrente que dava voz à comunidade negra, aos gays, drag queens e todas as minorias que desejavam se expressar. As plataformas, mais uma vez, os colans coloridos, as calças boca de sino, o brilho e os mini shorts tomavam conta da vida noturna e davam voz ativa aos oprimidos que lutavam por direitos básicos. | ||
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Nomes reconhecidos na moda da década de 70 são: Kenzo Takada, Thierry Mugler, Calvin Richard Klein, Vivienne Westwood, Roy Haltons, Biba e, novamente, Yves Saint Laurent. | ||
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