Os resultados das últimas avaliações da educação brasileira evidenciam que grande parte das crianças não estão sendo alfabetizadas, embora estejam escolarizadas. Observe a Figura 1 que expõe o cenário atual da educação brasileira.
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O resultado da “Avaliação Nacional da Alfabetização” (ANA) de 2016 indicava que 55% dos alunos matriculados no terceiro ano do ensino fundamental em escolas públicas brasileiras eram ineficientes em leitura. O Censo Escolar de 2018 nessa mesma série indicou uma distorção idade-série de 12,6%, ou seja, a cada 100 alunos, aproximadamente 12 deles deveriam estar em uma série inferior. Esse atraso se agravou nos anos seguintes, chegando ao ápice no sétimo ano, quando 810 mil alunos apresentavam 2 anos ou mais de atraso escolar. O “Sistema de Avaliação da Educação Básica” (SAEB) realizada em alunos matriculados no quinto ano das escolas públicas indicou que 5% dos estudantes avaliados estavam no nível abaixo de 1 em conhecimento do sistema de escrita alfabética, nesse caso não demonstraram habilidades muito elementares que deveriam apresentar nessa etapa escolare apenas 5% dos estudantes encontravam-se no melhor nível de habilidades, mesmo após anos de escolarização. O problema não termina por ai e a avaliação do “Programa Internacional de Avaliação de Estudantes” (PISA) de 2018 realizada em estudantes entre 15 e 16 anos indicou que o Brasil ocupava a posição 57 em um ranking de 80 países, com 50% dos estudantes abaixo do patamar mínimo necessário para compreensão em leitura. Mesmo jovens e adultos de 15 a 64 anos compõem índices alarmantes medido pelo “Indicador de Analfabetismo Funcional” do Instituto Paulo Montenegro, quando 3 a cada 10 brasileiros foram classificados como analfabetos funcionais, incapazes de compreender um texto simples e apenas 12% dos avaliados foram considerados proficientes na interpretação de texto e lógica matemática. |