No dia 19 de setembro de 2021 comemorou-se no Brasil o centenário de Paulo Freire. A data foi motivo de celebração para alguns e reflexões para outros. Temos de fato, o que comemorar? |
O legado que o “patrono” da educação brasileira deixou a todos nós é de fato bom? |
Para responder a isso é preciso primeiro delimitar o que ele esperava da educação. Basicamente, para Paulo Freire a educação deveria promover o pensamento crítico do aluno, baseada então, em uma teoria crítica acerca da sociedade. Para ele a sociedade se dividia em classes, entre os proletários e a burguesia ou, entre oprimidos e opressores. E, a solução para os problemas sociais deveria ser a igualdade de pensamento entre as pessoas. Para isso a escola, as educadoras e educadores, teriam um papel primordial para construir essa sociedade. “A educação é um ato político”, dizia ele, o grande problema disso é que não é permitida a liberdade de pensamento, a cultura individual de cada pessoa ou família, mas sim, um pensamento hegemônico, globalista em vistas a formação das chamadas “classes populares”. Para isso o seu método de alfabetização para adultos visava provocar simultaneamente a reflexão de suas condições sociais e culturais, mais do que resolver os problemas sociais dos alunos, o pensador pretendia impor os pensamentos políticos que lhe causavam maior apreço. Para maior entendimento sobre o seu pensamento sobre a educação como um ato político recomendo o livro “Descontruindo Paulo Freire com organização de Thomas Giulliano”. |